
É pra olhar e pra comprar. Foto: flickr.com/photos/N000@7
A rede varejista norte-americana Best Buy anunciou para março uma nova política para bater de frente com as lojas virtuais e o showrooming. A partir do dia 3, as lojas físicas da rede cobrirão o valor de qualquer oferta anunciada por 19 grandes nomes do e-commerce do país.
Segundo o Business Insider, a nova política da Best Buy pretende eliminar os consumidores que vâo às lojas para conferir os produtos pessoalmente e depois os compram online, devido aos preços mais baratos - prática conhecida como "showrooming".
“Não há dúvidas que esta nova política matará a prática do showrooming entre os clientes da Best Buy", afirmou Matt Furman, porta-voz da empresa, em entrevista à Bloomberg.
Com a iniciativa, a rede quer bater as ofertas de sites de varejistas como a Amazon, Bhphotovideo, OfficeDepot, Target e Sears, assim como as lojas virtuais de fabricantes como Apple, Dell e HP.
De acordo com dados da comScore, o ramo de eletrônicos é o que mais sofre com os consumidores que usam as lojas físicas apenas para testar os produtos.
Para compensar os valores mais elevados em relação ao e-commerce, até então a saída das lojas físicas era agregar valores e benefícios exclusivos para a compra presencial.
No entanto, os atrativos de preço dos sites de e-commerce - que contam com custos de manutenção menores que as redes de lojas - continuam a atrair os consumidores.
E NO BRASIL?
Embora algumas lojas já tenham esforços para unir os preços plataformas físicas e de e-commerce - como a Saraiva, que possibilita a troca e devolução de produtos comprados online por crédito imediato na loja - uma política como a da Best Buy no Brasil ainda é uma realidade distante.
Barreiras tributárias e de logística ainda formam um obstáculo complicado, que ainda favorece a prática do showrooming no país.
Pelo lado do e-commerce, os negócios seguem em crescimento, que fechou 2012 com um aumento de aproximadamente 21% em seu faturamento. Somente no primeiro semestre de 2012, os consumidores brasileiros gastaram cerca de R$ 10,2 bilhões em lojas virtuais.