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Jon u0093Maddogu0094 Hall, diretor executivo da Linux International no Campus Party. Foto: flickr.com/photos/campuspartycolombia
Jon “Maddog” Hall, diretor executivo da Linux International, decidiu “sair do armário” um post no site da Linux Magazine.
O guru do software livre, de 61 anos, afirma que escreveu o post como uma homenagem ao inglês Alan Turing.
Tido como o “pai da computação moderna”, Turing tem o centenário do nascimento comemorado neste ano e se suicidou em 1954 após um tratamento com injeções de hormônio feminino que era oferecido como uma alternativa à prisão por homossexualismo, crime na Inglaterra da época.
“Pode-se tentar amaciar os fatos dizendo que 'era a lei do seu tempo', Mas, em alguns lugares, “aquele tempo' ainda existe. E isto me diz respeito porque eu sou, também, um homossexual", declara Hall.
O diretor executivo da Linux International explica que não havia feito a revelação até agora para não constranger seus pais, católicos devotos falecidos no ano ado, e também por não querer relacionar sua sexualidade ao movimento do software livre.
Para Hall, a ciência da computação foi espécie de paraíso para homossexuais, por atrair pessoas bastante inteligentes e de pensamento moderno. "Muitas empresas de computação foram as primeiras a ter programas de diversidade", lembra.
Entre elas inclusive está a Microsoft, inimiga número 1 do movimento liderado por Hall, que no começo do ano veio a público para defender a aprovação de um projeto de lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo no estado de Washington, onde a companhia tem sede.
O argumento da empresa é que outros estados oferecerem leis similares, o que produziria um desequilíbrio na capacidade de atrair talentos das companhias em Washington.
Em setembro de 2009, depois de uma campanha pela internet que angariou milhares de apoiadores, o então primeiro-ministro britânico Gordon Brown pediu desculpas formais públicas, em nome do governo do Reino Unido, pelo tratamento vergonhoso dado a Alan Turing.