TENDÊNCIAS

Manja dos paranauê do Pokemón? 1y126z

Um pai enfrenta o desafio de entender o que diabos é o PokemonGo. 722t5z

04 de agosto de 2016 - 10:47
Fernando Ferreira é um pai com um desafio.

Fernando Ferreira é um pai com um desafio.

Por Fernando Ferreira*
A melhor coisa da vida é ter filhos. Outro dia meu filho adolescente me questionou: 

- “Pai, tu manja dos paranauê do Pokemón?”

Tive um momento involuntário de reflexão. Para ele, foi uma eternidade.

-“Pai, não me deixa no vácuo!”

Estava me sentindo um completo alienado, pois sempre me esforço para ser um pai moderninho e descolado, na opinião dele “entroseiro”, um cara que não é do meio deles, mas que busca aceitação, imitando comportamento, as gírias e vestimentas, estereótipo do Tio da Sukita.

Respondi que entendo claro, os Pokemón´s são espécies de animais conheço o Pikachu, meio gato meio peixe, vivem em Pokebolas, nós devemos captura-los e treiná-los. 

Para legitimar minha superioridade, complementei:

“No meu tempo havia os Tamagotchi...”. Fui brutalmente interrompido.

“Não mete essa véio, esse teu bichinho é do tempo que os desenhos eram quadradinhos...”

Me explicou que estava falando do Pokemón Go, novo jogo da Niantic/Nintendo de realidade aumentada, uma febre. Eu que fui agente nível 7 no Ingress, capturei e mantive portais entre Porto Alegre e Araranguá para os iluminados, me senti um veterano de guerra abandonado.

“Pai, deixa de ser noob, baixa aí no celular depois me fala”

Missão dada, me informei e soube que o jogo ainda não fora lançado no Brasil, a gurizada estava usando artifícios para usar antecipadamente, segui os tutoriais “para noob” e estava em pouco tempo utilizando o aplicativo, claro que clandestinamente, como o jogo é de Alternate Reality Game é preciso se mexer para alcançar os bichinhos.

 Claro, tem aplicativos que forjam o gps, e te levam para os locais onde o jogo já está em funcionamento, mas disso eu abri mão, resolvi que minha transgressão legal ficaria restrita, na verdade, eu seu que a Niantic bane os jogadores que trapaceiam.

A segunda melhor coisa da vida é ter amigos. Outro dia o Presidente do Seprorgs me questionou:

-“Meu amigo, qual tua percepção sobre a Plataforma de Negócios">

Tive um momento estratégico de reflexão.

Para ele uma consulta à agenda.

-“Posso te visitar e conversarmos amanhã? ”

Estava me sentindo um completo alienado, pois sempre me esforço para ser um CIO conectado com as inovações, um CIO que compartilha conhecimento e que faz bom uso do networking. 

Na verdade, eu ainda nem havia baixado e não utilizava a plataforma, e fiquei constrangido comigo mesmo, e numa saia justa para dar opinião, porque eu também só opino sobre o que tenho convicção, e de preferência que eu tenha experiência própria, esse negócio de textão com pouco fundamento não me agrada.

Felizmente a agenda me salvou, havia compromisso nos próximos dias e impediriam nosso vexaminoso encontro. “Meu amigo, amanhã não dá, mas daqui a 3 dias podemos marcar”, seria um tempo suficiente para eu fazer me dever de casa.

Compromisso marcado.

Uma pesquisa na loja, uns cliques, e o aplicativo já estava na minha tela. Uma googlada e o portal já estava em minha segunda tela. Voltei para tela preferencial e realizei o cadastro, uma confirmação por email e já estava usando a ferramenta.

Fui pesquisar, há uma variedade grande de produtos e serviços, de alguns já sou cliente, outros conheci as ofertas pela plataforma, quase tudo que procurei encontrei por lá.

O uso é fácil e fluído, fiz alguns contatos e mandei mensagens para alguns potenciais fornecedores, constrangedor, eles me ligaram rapidamente, eu nem esperava tanta eficiência.

Distribui a ferramenta ao meu time, e solicitei que utilizassem para busca por produtos e serviços.

Entramos no SeprorgsGo.

Como vai ficar daqui para a frente ainda não sei, mas o certo é que a Plataforma de TI cumpre seu papel de unir as pontas, conecta fornecedores e clientes, de forma rápida e fluída apresenta ofertas e empresas que não estão em nosso mapa mental, sem dúvida é uma ampliação da nossa rede de contatos.

Já capturei o Charmander que é um Pokemón de fogo, estou me acostumando ainda, mas já estou ansioso para evoluí-lo para Charmeleon e depois para Charizard, e aí vou manjar muito dos paranauê. 

* Fernando Ferreira é gerente de TI da Toniolo, Busnello e presidente do Grupo de Usuário de CIO – GU CIO-RS.