
Fernando Ferreira é um pai com um desafio.
Por Fernando Ferreira*
A melhor coisa da vida é ter filhos. Outro dia meu filho adolescente me questionou:
- “Pai, tu manja dos paranauê do Pokemón?”
Tive um momento involuntário de reflexão. Para ele, foi uma eternidade.
-“Pai, não me deixa no vácuo!”
Estava me sentindo um completo alienado, pois sempre me esforço para ser um pai moderninho e descolado, na opinião dele “entroseiro”, um cara que não é do meio deles, mas que busca aceitação, imitando comportamento, as gírias e vestimentas, estereótipo do Tio da Sukita.
Respondi que entendo claro, os Pokemón´s são espécies de animais conheço o Pikachu, meio gato meio peixe, vivem em Pokebolas, nós devemos captura-los e treiná-los.
Para legitimar minha superioridade, complementei:
“No meu tempo havia os Tamagotchi...”. Fui brutalmente interrompido.
“Não mete essa véio, esse teu bichinho é do tempo que os desenhos eram quadradinhos...”
Me explicou que estava falando do Pokemón Go, novo jogo da Niantic/Nintendo de realidade aumentada, uma febre. Eu que fui agente nível 7 no Ingress, capturei e mantive portais entre Porto Alegre e Araranguá para os iluminados, me senti um veterano de guerra abandonado.
“Pai, deixa de ser noob, baixa aí no celular depois me fala”
Missão dada, me informei e soube que o jogo ainda não fora lançado no Brasil, a gurizada estava usando artifícios para usar antecipadamente, segui os tutoriais “para noob” e estava em pouco tempo utilizando o aplicativo, claro que clandestinamente, como o jogo é de Alternate Reality Game é preciso se mexer para alcançar os bichinhos.
Claro, tem aplicativos que forjam o gps, e te levam para os locais onde o jogo já está em funcionamento, mas disso eu abri mão, resolvi que minha transgressão legal ficaria restrita, na verdade, eu seu que a Niantic bane os jogadores que trapaceiam.
A segunda melhor coisa da vida é ter amigos. Outro dia o Presidente do Seprorgs me questionou:
-“Meu amigo, qual tua percepção sobre a Plataforma de Negócios">