
Entre conversar com o consumidor e promover seus produtos, as marcas de luxo preferem a segunda opção ao usar o Twitter.
Artigo publicado no XII Intercom Sul - congresso de cientistas da comunicação - analisa o comportamento na ferramenta de microbg das marcas Aston Martin, Baume & Mercier e Four Seasons Hotels & Resorts.
Segundo os publicitários gaúchos Alan Lupatini e Bianca Sittoni, a maior parte dos tweets tinha intenção claramente promocional (66%) e uma parte razoável (20%) era de retweets.
Os posts conversacionais responderam por 5% dos tweets.
O trabalho também conclui que as marcas se aproximam vagarosamente do que é chamado hoje de novo luxo, tendência de mercado que indica que consumidores da classe média tendem a desejar e muitas vezes até comprar produtos considerados como luxuosos.
De acordo com os publicitários, o crescimento do poder de compra da classe média trouxe mais próximo do Brasil o conceito do novo luxo, trazendo novas ideias no segmento.
“Enquanto para algumas pessoas comprar um Aston Martin é luxo, para outras pagar R$ 50 numa sessão de cinema nos Jardins (bairro nobre de São Paulo) é o mesmo, pois possibilita a vivência momentânea da experiência do luxo”, afirma Bianca.
Segundo dados da consultoria de mercado GfK, os brasileiros gastaram em 2010 cerca de R$ 15,73 bilhões em artigos de luxo, número que representa 33% a mais que os dados de 2009.
Ainda conforme o estudo, a maioria dos compradores de luxo no Brasil é de homens (51%) e com idades entre 35 e 45 anos (34%), sendo que 40% deles faziam suas compras pela primeira vez no segmento.
A pesquisa aponta que 39% dos compradores optam pela tradição das marcas e 33% pelo monopólio.
Na média, cada brasileiro gastou R$ 4.710 por mês em artigos de luxo, mas, apesar dos índices, o setor de luxo monopoliza somente 2,5% da população brasileira.