
Vem aí um novo Sistema S? Foto: Embrapa.
Márcio Ellery Girão Barroso é o novo presidente da Confederação Nacional da Tecnologia da Informação e Comunicação (ConTIC), entidade do setor de tecnologia fundada em outubro de 2017 com grandes ambições.
A Contic une a Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel), da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo) e da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra).
Pelo que parece, as federações vão fazendo uma rotação no comando, em mandatos de um ano. Girão, que foi presidente da Fenainfo entre 2010 e 2016, assume no lugar de Vivien Mello Suruagy, que já havia presidido a Febratel.
“A ConTIC tem um grande capital intelectual capaz de contribuir para o desenvolvimento do país. Não existe país que não tenha nas TICs como principal insumo de apoio ao desenvolvimento”, afirma Girão.
O engenheiro, uma cara conhecida na política setorial de TI, começou a carreira nos anos 70, na Promon Engenharia, ando nos anos 80 pelo cargo de CIO na BP Mineração.
No final dos anos 90, o Girão assumiu o cargo de diretor executivo na Riosoft, o agente da Softex no Rio de Janeiro, assumindo já em 2003 o comando da própria Softex.
Girão ou ainda por cargos de diretoria na Finep, a financiadora de projetos de inovação do governo federal, entre 2016 e 2019.
A prioridade de Girão, assim como dos seus antecessores, é o avanço do projeto de lei 10.762/2018, que cria o Serviço Social e Serviço de Aprendizagem da Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic).
Modelado no que é o Senac para a indústria, o Setic seria parte de um novo “sistema S”, ligado ao Contic, que, pelas regras de financiamento do sistema sindical patronal, poderia receber recursos de até R$ 1 bilhão do governo.
Caso o imposto sindical retorne, o que não pode ser descartado, a Contic também seria destino de uma parcela do imposto sindical recolhido na ponta por sindicatos patronais nos estados.