
David DeWalt
O Brasil está no foco dos investimentos da McAfee para os próximos três anos, período em que a empresa pretende dobrar de tamanho.
Motivos não faltam: além de o país ter registrado a maior taxa de crescimento global da companhia no fiscal de 2009, também há o fato de que por aqui a adesão dos consumidores às novidades tecnológicas, especialmente no que tange a serviços de banda larga, é maior do que em outros mercados, inclusive da América Latina, conforme o CEO David DeWalt.
“Neste sentido, segurança é fundamental em qualquer segmento que dependa de tecnologia como, por exemplo, eletroeletrônicos com o à Internet, dispositivos móveis, carros, aviões, enfim, tudo que envolve nosso cotidiano”, afirma o executivo.
Além disso, DeWalt afirma que o Brasil é um mercado relevante também em função de ter a maior taxa mundial de computadores infectados (zumbis) e estar em primeiro lugar em ataques a contas bancárias na web.
A popularização das redes sociais também se configura em outro mercado em potencial para a McAfee no país.
Para aumentar sua fatia de participação neste mercadão, a companhia projeta investimentos em diversas áreas. A aquisição de empresas, por exemplo.
“Pretendemos adquirir mais empresas para nos expandirmos organicamente, ou seja, ampliar patrimônio físico e humano, e para crescer em volume de negócios”, afirma DeWalt.
Entre 2006 e 2009, a McAfee incorporou 11 companhias dedicadas a soluções de segurança. Esse fator contribuiu para que a empresa dobrasse de tamanho desde que DeWalt assumiu como CEO, em 2007: naquele ano, a equipe total era de 3,7 mil funcionários. Hoje, são 6,1 mil.
Além disso, em três anos as vendas globais cresceram de US$ 1 bilhão para mais de US$ 2 bilhões e o valor de mercado ou de US$ 4,2 bilhões no início de 2007 para os US$ 5,4 bilhões atuais.
Fora as aquisições, a McAfee também prevê investir no incremento das parcerias com provedores de telecomunicações, ISPs e canais de distribuição.
A oferta ampla de soluções de segurança também está no foco: na visão de DeWalt, a companhia vai combinar, em seus produtos e serviços, segurança em todas as camadas de defesa, com um modelo de proteção integrado e inter-relacionado.
“Esse modelo garante às empresas estabelecidas no Brasil o mesmo padrão de proteção oferecido em 120 países”, garante o CEO.