
Microsoft une forças com Baidu. Foto: divulgação.
A Microsoft está de fato disposta a fazer grandes sacrifícios para emplacar o Windows 10. Uma mostra deste posicionamento se deu nesta quarta-feira, 24, com o anúncio que a companhia norte-americana uniu forças com a Baidu para aumentar sua presença na China.
Pelo acordo, a Baidu disponibilizará aos seus clientes um o facilitado para o do Windows 10, uma medida agressiva para atingir a meta da companhia, que é de chegar a 1 bilhão de usuários de Windows até 2018.
Além disso, a empresa quer aumentar a presença de seu software oficial no mercado chinês, um local onde a maioria do público usa o sistema operacional da companhia de forma pirateada ou em versões falsificadas.
Um detalhe: a versão do W10 que será disponibilizada neste modelo terá aplicações do Baidu substituindo alguns serviços da Microsoft. Neste caso, as vítimas são Bing e MSN, já que a companhia chinesa domina o mercado local com suas aplicações próprias para estas finalidades.
Com a decisão, a empresa de Satya Nadella abre um precedente ao sacrificar alguns de seus principais produtos para favorecer o carro-chefe - neste caso, o Windows 10.
De qualquer forma, na parte de buscas, a briga do Bing com o Baidu já era perdida. A companhia asiática, não por acaso chamada de "Google chinês", tem uma base de 500 milhões de usuários.
A medida se alinha com outras manobras da Microsoft para impulsionar o W10, como a disponibilização gratuita do sistema para usuários antigos do Windows no mercado ocidental. Essa saída da cobrança do software aponta um novo futuro para a Microsoft, que quer apostar na venda de apps e serviços.
Para analistas, esta é uma nova evidência da abordagem sensata de Nadella para vender os produtos da Microsoft, deixando de lado uma postura de exclusividade e se adequando a diferentes mercados para ganhar.
"Isso não significa que o Bing perdeu importância dentro da companhia. O Bing ainda é o motor da função de busca do Windows e do Cortana, software de assistente virtual no Windows. E quando se compara vender anúncios no MSN e Bing contra vender o Windows, não existe dúvida", afirmou Marc Rosoff, do Business Insider.