Danni Mnitentag, líder de Diversidade & Inclusão da Microsoft Brasil.
A Microsoft incluiu os custos de tratamentos médico para troca de sexo (ou, na linguagem da empresa, “tratamento para afirmação de gênero”) dentro do seu plano de saúde corporativo no Brasil.
A medida foi anunciada em um comunicado da empresa. Também foram incluídos outros casos menos chamativos como tratamento para fertilidade, para pessoas com câncer, cirurgia bariátrica e tratamento para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Nosso objetivo com a extensão do plano de saúde é oferecer aos nossos funcionários benefícios que são de extrema importância de acordo com a realidade de cada um e fazer com que eles se sintam amparados, inclusive em momentos mais sensíveis”, afirma Danni Mnitentag, líder de Diversidade & Inclusão da Microsoft Brasil.
Mnitentag está na Microsoft há oito anos e é também VP de parceiros e canais, tendo sido nomeado agora para a nova função.
“Ao assumir a liderança de Diversidade & Inclusão na Microsoft Brasil tenho plena consciência do desafio e da oportunidade que tenho em mãos. Sei dos meus privilégios e pretendo usá-los como força em prol da causa que escolhi representar”, afirma Mnitentag.
Hoje, o pilar de Diversidade e Inclusão da Microsoft Brasil possui quatro grupos de membros e aliados que atuam para promover ações voltadas a esse universo. São eles: ibilidade, GLEAM (Global LGBTQIA+ Employees & Allies at Microsoft), WAM (Women at Microsoft) e BAM (Blacks at Microsoft).
TEMÁTICA TRANS EM ALTA
De acordo com o Linkedin, a Microsoft tem cerca de 1,1 mil funcionários no Brasil, então o número de cirurgias de troca de sexo pagas pelo plano deve ser baixo, ou mesmo não existente.
Assim, incluir a possibilidade no plano é mais um gesto da empresa no sentido de reafirmar seu posicionamento pró-diversidade, um assunto em alta entre as grandes multinacionais de tecnologia, com repercussões no Brasil.
No final do ano ado, a Salesforce anunciou um roll out mundial das suas políticas de recursos humanos orientadas a funcionários transgêneros, incluindo US$ 1,5 mil (R$ 8,3 mil, no câmbio de hoje) a título de ajuda de custo na transição de sexo.
O valor é dividido entre US$ 1 mil para reembolso de custos legais no processo de atualização de documentos de identidade com o novo nome e gênero, além de outros US$ 500 para que os funcionários possam comprar novas roupas.
Além dos valores pré-determinados, a cobertura médica da empresa a incluir procedimentos e tratamentos médicos de afirmação de gênero, como cirurgias, medicamentos prescritos, terapia hormonal, transplante e remoção de cabelo, por exemplo.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário