A proposta de reajuste de 7% do salário mínimo regional de R$ 511 - no menor piso - desagradou a empresários e centrais sindicais, além de dividir deputados.
O valor é o dobro do que item as entidades patronais e a metade do reivindicado pelos trabalhadores. Os empresários sustentam que um percentual maior estimularia a informalidade e o desemprego. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o reajuste impacta 1,2 milhão de gaúchos.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado, Vitor Koch, vê nos 7% “uma catástrofe”. Favoráveis ao fim do mínimo, as entidades empresariais voltaram a se reunir nesta sexta-feira, 14, segundo informações da Zero Hora.
Com o argumento de que o piso regional soma defasagem de 28% desde a criação, em 2001, o presidente da Força Sindical no Estado, Claudio Janta, defende uma política definitiva para o mínimo gaúcho semelhante à fórmula federal. "Poderia ser inflação mais PIB e um percentual a mais para ir recompondo as perdas", sugere.
O secretário estadual do Planejamento, José Parode, explica que o percentual de 7% foi decisão pessoal da governadora porque as centrais itiam ceder a até 9%, enquanto os empresários, no máximo 6%.
Entre os líderes das bancadas na Assembleia, onde a questão será decidida, as opiniões se dividem.
Gilberto Capoani, do PMDB, considera o índice razoável, mas pretende ouvir os colegas. João Fischer, do PP diz que a sigla ainda vai conversar com os dois lados. Adroaldo Loureiro, do PDT, acredita ser possível um valor maior. Já o PSB vai lutar pelos 14% pleiteados pelas centrais.