
Com um app que usa a câmera, o Miroculus consegue identificar 96 diferentes tipos de microRNAs. Foto: Divulgação.
Um novo dispositivo, chamado de Miroculus, pretende transformar o diagnóstico de alguns tipos de câncer nos próximos anos. Com um smartphone e aproximadamente 1 mililitro sangue, a plataforma pode identificar casos da doença.
Para detectar a doença, o Miroculus analisa microRNAs (pequenas moléculas que funcionam como mensageiras) do paciente, segundo a Exame. Elas ajudam as células a produzirem proteínas a partir das instruções contidas no DNA.
Como o câncer é caracterizado por modificações de proteínas nas células afetadas por ele, o que o Miroculus faz é identifcar essas modificações a partir dos microRNAs que as geram antes que a doença se espalhe.
Para utilizar a plataforma, a pessoa que opera o Miroculus deve extrair uma amostra de sangue do paciente. Essa amostra deve ser inserida numa placa que fica dentro de um pequeno cilindro de plástico feito numa impressora 3D. Na parte de cima do cilindro, há um encaixe para smartphones.
Por meio de um app que usa a câmera do celular, o Miroculus consegue identificar a presença de 96 diferentes tipos de microRNAs. Eles podem apontar a presença de câncer de fígado, mama, pâncreas e pulmão na amostra fornecida pelo paciente.
Entre as vantagens da tecnologia está o diagnóstico em cerca de 1 hora. Além disso, o Miroculus custa 50 vezes menos para ser fabricado do que o de outras tecnologias usadas hoje com o mesmo objetivo.
"Estamos fechando uma rodada de investimentos para continuar desenvolvendo e aperfeiçoando nossa plataforma nos próximos 18 meses", afirmou em entrevista a baguete-br.diariodoriogrande.com Alejandro Tocigl, diretor-executivo da startup Miroculus.