
Fábrica da Foxconn. Foto: flickr.com/photos/prachatai
Tudo indica que mixou de vez a vinda da fábrica da Foxconn para o Brasil. Segundo fontes próximas da negociação ouvidas pelo Valor Econômico, a conversa está parada há mais de um ano, sem cara de que vá recomeçar.
A negociação, conduzida pelo BNDES, foi interrompida devido a um ime sobre o modelo de financiamento do projeto, diz o informante do jornal paulista.
A expectativa era que a instalação da fábrica fosse bancada com recursos do BNDES, da Foxconn e de um sócio brasileiro.
Pelo que estava sendo discutido, disse a fonte do Valor, o banco teria que arcar com mais de 30% do projeto, o que pareceu demais para o BNDES.
O parceiro da iniciativa privada brasileira também não apareceu.
O nome que circulou como o provável parceiro era o empresário Eike Batista, que nunca chegou a confirmar o seu interesse e não deve confirmar agora que está vendendo todo tipo de ativos para tentar evitar a falência.
Segundo a pessoa com conhecimento das negociações, com a Foxconn, o governo ainda não desistiu do objetivo de trazer para o país uma fábrica de telas. De acordo com ele, mais fabricantes estão sendo sondados por diferentes órgãos federais.
O anúncio da construção da fábrica de telas no Brasil foi feito em fevereiro de 2011 durante visita da presidente Dilma Rousseff à China.
Depois de uma reunião com Terry Gou, fundador da Hon Hai, controladora da Foxconn, o então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, anunciou que a companhia pretendia investir US$ 12 bilhões no Brasil em um período de quatro a seis anos, gerando nada menos que 100 mil empregos.
Até os investimentos menores dos chineses do Brasil estão “zicados”: a fábrica de componentes de US$ 1 bilhão em Itu, no interior de São Paulo, anunciada no final de 2012, ainda não saiu do papel devido a uma disputa judicial sobre a propriedade do terreno em que a unidade será instalada.