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Na GM, paralisação afeta unidades em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foto: divulgação.
As montadoras General Motors, Mercedes-Benz e Volkswagen anunciaram que vão fechar as fábricas no fim do mês devido à crise do coronavírus.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, as três empregam, juntas, quase 50 mil funcionários, que devem entrar em férias coletivas.
Na GM, a paralisação afeta cinco unidades brasileiras, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que, segundo o jornal, devem ficar fechadas por tempo indeterminado.
No entanto, a empresa informou aos funcionários da fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, que as coletivas acontecerão entre 30 de março e 12 de abril, além de colocar a área istrativa em home office.
A unidade, que produz o Onix, é responsável por 80% da produção da Chevrolet na América do Sul, sendo a mais produtiva da empresa no mundo no segmento de carros compactos.
Com 475 mil veículos Chevrolet emplacados em 2019, o Brasil ou a ser o segundo maior mercado global da marca, atrás apenas dos Estados Unidos.
A filial da GM em Rosário, na Argentina, que faz parte da mesma unidade de negócio do Brasil, também será fechada.
Ainda segundo a publicação, a General Motors suspendeu o investimento de R$ 10 bilhões previstos para o período de 2020 a 2024, com o intuito de reservar caixa para o momento de crise atual.
O investimento seria destinado principalmente a novos produtos e modernização das fábricas e será reavaliado, mas sem prazo definido.
Na última quarta-feira, 18, a empresa optou por lançar via streaming o novo modelo do Tracker, SUV da marca produzido em São Caetano do Sul, São Paulo.
Antes da paralisação, os funcionários da fábrica do ABC paulista devem fazer horas extras para produzir o veículo.
A Mercedes-Benz também vai suspender as operações das fábricas de São Paulo e Minas Gerais, além do centro de distribuição e logística em Campinas, São Paulo.
Segundo o Estadão, a parada está inicialmente prevista entre os dias 25 de março e 20 de abril e envolve cerca de 10 mil pessoas. A empresa alega necessidade de prevenção ao coronavírus e diz que o retorno ao trabalho vai depender da situação do país.
A Volkswagen também anunciou intenção de paralisar as operações de suas quatro fábricas em São Paulo e no Paraná, a partir do dia 31, inicialmente por dez dias. A marca alemã emprega cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Já o Grupo Caoa Chery encerrou a produção de motores e demitiu 59 empregados da unidade de Jacareí, em São Paulo, número que equivale a 10% da mão de obra local.
A empresa alega redução da produção de 65 carros ao dia para 40.
Em 2019, o mercado automotivo brasileiro fechou com 19,05% de participação para a líder GM, seguida por 15,46% da Volkswagen e 9,61% da Renault, que ainda não anunciou medidas sobre o assunto.