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Desde sua aquisição do Twitter, Musk tem se envolvido em diversas polêmicas relacionadas à plataforma (Foto: Divulgação)
Elon Musk anunciou que irá resignar a posição de CEO do Twitter assim que encontrar alguém “tolo” o suficiente para aceitar o trabalho e ará a comandar apenas os times de software e servidores da rede do arinho.
No último domingo, 18, o bilionário havia questionado os usuários da rede social em uma enquete, perguntando se ele deveria deixar a direção da companhia. Em meio a um total de 17 milhões de votos, 57,5% dos participantes opinaram a favor da saída do empresário.
Como resposta ao resultado, Musk disse que os usuários deveriam “tomar cuidado com o que desejam” e disse que “aqueles que querem poder são os que menos o merecem”.
Na última terça-feira, 20, o dono da Tesla retornou com uma enquete sobre outro tema e tweetou em seguida “lá vem os bots”, insinuando que a outra enquete havia sido decidida por robôs e não por usuários insatisfeitos com suas atitudes desde que assumiu a direção da rede, em outubro.
Na época, o empresário adquiriu o Twitter por US$ 44 bilhões em uma negociação conturbada que se estendeu por meses. Logo após, anunciou que seria o único diretor da companhia, além de assumir o posto de CEO.
Apenas na semana seguinte à aquisição, a plataforma chegou a perder mais de 1,3 milhão de usuários.
Em novembro, Musk iniciou uma onda de demissões em massa — que estavam previstas para chegar a mais de 50% dos 7,5 mil funcionários da empresa.
Segundo o jornal The Washington Post, um e-mail foi enviado aos colaboradores notificando-os sobre os planos de corte e informando que até as 9h (horário do Pacífico) do dia seguinte, eles receberiam um e-mail com o assunto “Sua função no Twitter”.
Aqueles que mantivessem seus empregos seriam notificados no e-mail corporativo. Já os que perdessem, seriam informados através do e-mail pessoal.
Conforme a Bloomberg, a plataforma estava prestes a atingir US$ 3 bilhões em fluxo de caixa negativo antes dos cortes de custos.
Recentemente, Musk baniu do Twitter diversos jornalistas de grandes veículos da mídia estadunidense, como Donie O’Sullivan (CNN), Ryan Mac (The New York Times), Drew Harwell (The Washington Post), além de outros jornalistas que cobrem assuntos relacionados ao empresário, conforme reportou a CNN Brasil.
Logo depois do ocorrido, o bilionário entrou no Twitter Spaces, área de conversas por áudio ao vivo da plataforma. Lá, foi questionado sobre a suspensão das contas e tirou do ar a ferramenta temporariamente.
Musk disse que as regras contra assédio on-line através da transmissão de dados privados de um indivíduo ou organização, conhecido como doxxing, também valem para os jornalistas, se referindo a um perfil que rastreava seus voos.
Em uma nova enquete, o executivo deixou nas mãos dos usuários da rede social a chance dos jornalistas retornarem à plataforma caso excluíssem tweets nos quais, conforme alega Musk, compartilhavam sua localização em tempo real.
Durante a ocasião, 59% dos participantes votaram a favor da restauração dos perfis.