Tina Louise, diretora de expansão do MyFitnessPal. Foto: Divulgação.
O MyFitnessPal vai iniciar sua operação no Brasil com a instalação de um escritório em São Paulo. Tina Louise, ex-executiva de contas de marketing digital da Adobe, será diretora de expansão na unidade.
A executiva também teve agens por empresas como Interbrand, George P Johnson e GMI (Global Market Insite).
“Mesmo antes de iniciarmos este empenho regional, o MyFitnessPal crescia em um grande ritmo no Brasil”, relata Tina.
Segundo ela, em 2014, a participação do Brasil na comunidade de usuários da ferramenta está crescendo de 6 a 10 vezes mais rápido que no último ano.
O MyFitnessPal conta com cerca de 65 milhões de pessoas em sua comunidade. Além disso, 80% dos maiores wearables e aplicativos, incluindo Runtastic, Runkeeper, Fitbit e Jawbone, integram sua plataforma.
“Constatamos que quando nossos membros conectam suas contas do MyFitnessPal a outro aplicativo de fitness, possuem duas vezes mais chances de obter sucesso em seus objetivos de saúde e fitness”, conta.
Entre os principais usos do app está o controle da saúde, incluindo as calorias ingeridas, metas para a perda ou ganho de peso e a mensuração das calorias perdidas com os exercícios físicos, entre outras funcionalidades.
O aplicativo foi traduzido para o português ainda em 2013, antes mesmo da criação do escritório local, o que ajudou a ampliar a base de dados de alimentos no país, bem como de produtos e receitas típicos das diversas regiões do Brasil.
O próximo o, que já está sendo feito pela equipe, é o investimento na consolidação dessa base de dados de alimentos nacionais, sejam eles industrializados ou não, com a devida tabela nutricional.
Atualmente, o banco de dados conta com mais de 4 milhões de alimentos e centenas de exercícios – basta apenas escanear o código de barras ou ainda procurar pelo nome, desde um acarajé a um virado à paulista.
“O banco de dados é alimentado pela nossa comunidade de usuários, que é muito ativa inclusive no Brasil. Nosso empenho agora é filtrar e ajustar esses dados ”, explica Tina.
O MyFitnessPal surgiu nos Estados Unidos a partir do empenho do fundador Mike Lee. Programador desde os 10 anos de idade, Lee viu um nicho que era inexplorado ao se empenhar para perder peso e estar em forma no dia de seu próprio casamento.
Quando ele e a noiva foram ao personal trainer, receberam um livro com 3 mil alimentos e um pequeno bloco para anotar as calorias consumidas.
“Eu sabia que deveria haver uma forma melhor de acompanhar minhas refeições e lanches, mas não encontrei nada online que fosse bom o bastante. Então eu criei minha própria solução”, conta Mike, que hoje é CEO da empresa.
Para o Huffington Post, 2014 pode ser considerado o ano dos wearables. O site acredita que o maior potencial para esses dispositivos encontra-se na área da saúde.
A tecnologia já começou a revolucionar a saúde, auxiliando os médicos na sala de operação e fornecendo o em tempo real aos registos de saúde eletrônicos, mas o potencial na área, no entanto, vai muito além da assistência direta aos médicos.
Os pacientes agora podem monitorar continuamente sua própria saúde. No Consumer Electronics Show de 2014, em Las Vegas, Sony, LG e Garmin introduziram dispositivos que controlam desde a frequência cardíaca e a pressão arterial, até a saturação de oxigênio de um paciente.
Em 2018, espera-se o número total de dispositivos wearables consumidos chegue a 130 milhões.
Embora a tecnologia nunca possa substituir completamente o registro de saúde, um diagnóstico detalhado ou um diálogo entre o paciente e o prestador de serviços, os dados recolhidos a partir destes dispositivos podem fornecer um escopo mais amplo de informações.
As organizações de saúde podem pegar os dados dos pacientes e desenvolver abordagens mais eficazes e mais personalizadas para cuidar de cada um, diminuindo assim o custo total do atendimento.
Júlia Merker 563o2f
Repórter no Baguete Diário