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A empresa de investimento do governo de Cingapura Temasek comprou uma participação minoritária não revelada na brasileira Netshoes. O valor da operação é de R$ 135 milhões.
Com faturamento esperado de R$ 1 bilhão até o final do ano, a Netshoes ganhou a sócia cingapuriana a partir da venda de shares de outros sócios da empresa, incluindo o fundo americano Tiger Global, que também investe no Mercado Livre e LinkedIn.
Segundo publicado pelo jornal Valor Econômico, o CEO da companhia, Marcio Kumruiam, também entrou na venda. Apenas o Tiger Global, diz o jornal, detinha 47% da empresa até a nova negociação.
Os recursos da Temasek serão destinados, principalmente, à construção de um novo centro de distribuição (CD) fora da região Sudeste do país, informa o Valor.
Atualmente, a empresa conta com centros de distribuição em Barueri (SP) e Itapevi (SP).
Agora, a varejista planeja erguer um novo CD para atender o Norte e o Nordeste. Para impulsionar as vendas nesses dois mercados, a varejista está patrocinando o Bahia, um dos principais times de futebol na região.
Dona de ativos de US$ 150 bilhões no mundo, a Temaseki já investiu na BR Properties, Hidrovias do Brasil e o seu maior investimento no país foi na Odebrecht Óleo e Gás, cujo aporte somou US$ 400 milhões.
Já a Netshoes investiu, no ano ado, no México, agregando mais um país à internacionalização, que já inclui a Argentina.
No Brasil, onde foi fundada em 2000, a Netshoes emprega 1,3 mil funcionários, atuando por meio de 16 lojas virtuais, além do portal Netshoes.com.br.
Compõem a oferta as e-stores de times como Atlético-PR, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro e Vasco, e de marcas como Puma, Havaianas, Globo Esporte e Topper, entre outras.
Ao todo, são mais de 5,8 milhões de os no país, liderando o segmento de e-commerce esportivo local, conforme pesquisa da Comscore. Em segundo lugar vem a Americanbaguete-br.diariodoriogrande.com, com 5,37 milhões de os, seguida por Submarino.com, com 5,36 milhões.
Em 2011, a Netshoes faturou R$ 400 milhões.