
Unidade da Nokia em Manaus. Foto: divulgação.
Ao comprar a divisão de celulares da Nokia, a Microsoft pode emplacar um bom negócio no Brasil, incorporando uma operação que poderá levar sua uma receita anual ao patamar de R$ 2 bilhões no país, o dobro do atual.
Segundo informações do Valor, hoje a Nokia conta com um faturamento local maior que a sua compradora. Para a empresa finlandesa, o Brasil é a quinta operação em relevância de negócios, atrás da China, Índia, Japão e Estados Unidos.
A companhia tem 39 pontos de venda no país, entre lojas próprias e franquias.
No Brasil, a Nokia emprega cerca de 2 mil pessoas, cuja maioria está na fábrica sediada em Manaus, que produz cerca de 17 aparelhos, entre smartphones e feature phones.
Por sua vez, a Microsoft tem aproximadamente 800 funcionários do país, e só conta nacionalmente com a produção do Xbox 360, em parceria com a Flextronics.
Além disso, em Manaus, a Nokia conta com o Instituto Nokia de Tecnologia (Indt), que investe em pesquisa e desenvolvimento de software específicos para a Nokia brasileira e também para a sede na Finlândia. A Microsoft pode se beneficiar disso.
Comercialmente, com a absorção da Nokia, a Microsoft tem no Brasil um terreno fértil para investir nas vendas do Windows Phone, cujo desempenho comercial estava em alta durante 2013.
Segundo a consultoria Nielsen, ao final do primeiro semestre de 2013, o Windows Phone registrou um share de 3,3% no mercado nacional, um avanço considerável se notarmos a fatia do sistema no ano anterior, que era zero.
No entanto, para realmente aproveitar o poder de fogo da Nokia no Brasil, ainda nos feature phones, que não rodam o Windows, a Microsoft terá que repensar sua estratégia, afirmam analistas.
Uma saída seria fazer uma versão do Windows Phone para aparelhos mais baratos, ou criar opções da linha Lumia com preços reduzidos.