
A Nokia anunciou nessa terça-feira, 18, em Porto Alegre, o celular dual chip C2-06.
Chamado pela empresa de o segundo e mais completo aparelho da Nokia compatível com dois chips, este é o primeiro que possui easy swap, tecnologia exclusiva que oferece a conveniência de mudar um chip sem a necessidade de desligar o telefone ou remover a bateria.
O preço sugerido é de R$ 399.
O lançamento se enquadra na estratégia da empresa para manter mercado.
Atualmente, a Nokia tem 22,8% de market share, segundo dados da consultoria Gartner para o segundo trimestre. Há um ano, ela tinha 32,9% mais participação. O Brasil, sexto maior faturamento da empresa em 2010, é um dos mercados que chamam a atenção da empresa. Daí a chegada com o dual chip.
Segundo Glauco Tâmega, gerente de produtos da marca, por aqui, os consumidores se valem da tecnologia para aproveitar melhor as promoções e tarifas das operadoras.
“Nas nossas pesquisas descobrimos que há pessoas que têm apenas um celular na família, usado por cinco pessoas”, conta Tâmega.
Uma das possibilidades do aparelho é configurar cinco perfis diferentes, um para cada chip extra. “É o chip da mamãe, do irmão, do pai... quem for usar o aparelho é só colocar o chip que tem o à sua agenda e perfil”, completa Tâmega.
Personalização ao sabor local
O Brasil não é o único no mundo com os aparelhos dual chip.
Mercados como a Índia também são compradores dos modelos, porém por um motivo diferente. “Por lá, o que conta mais é a cobertura da operadora. Tem empresas que são bastante focadas no interior. Isso leva as pessoas a usarem um chip na cidade e outro no campo”, complementa Costa.
Ainda dentro dos BRICs, a personalização cabe nas redes sociais.
Enquanto no resto o mundo usa o Facebook, no Brasil, o Orkut é mandatório nos aparelhos focados em sites de relacionamento. Já na China, é o Renren. Para os executivos, a estratégia tem funcionado.
Apesar da perda de espaço, a Nokia ainda é a maior fabricante de celulares do mundo, e o Symbian, sistema operacional que roda nos aparelhos da marca, é o segundo mais utilizado, atrás do Android, e à frente do iPhone.