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Um brasileiro é o primeiro estudante estrangeiro a cursar mestrado no International Institute of Information Technology de Bangalore, o IIIT, localizado na famosa Eletronic City de Bangalore, visitado pela missão acadêmico empresarial da Feevale e Valetec nesta terça-feira, 22.
O capixaba Ricardo Lages está há um ano no centro de excelência indiano, onde estudam 300 mestrandos e 15 doutorandos. Junto com o paraibano Avishek Nigam, country manager da operação indiana da Stefanini e descendente de indianos, Lages parece formar a diminuta comunidade brasileira na cidade.
Criado em parceria pelo governo da região, universidades locais e empresas, o IIIT trabalha orientado às necessidades do mercado e tem no seu conselho de direção representantes de grandes companhias como Infosys, Intel e Microsoft.
Lages, que pretende estudar os impactos do uso de TI na educação, financiado pela Qualidata uma empresa do Espírito Santo especializada na área, é um dos poucos alunos do IIIT a fazer pesquisa puramente científica.
No centro, predomina a pesquisa aplicada em empresas, onde os alunos fazem estágios de até seis meses, o dobro do habitual na Índia.
"O nível dos professores e dos alunos é impressionante", aponta Lages. Apesar da excelência, o IIIT tem problemas em manter os jovens na pesquisa, devido à grande pressão do mercado por profissionais qualificados. Ao outro lado da rua, para ficar em um só exemplo, ficam os headquarters da Infosys e seus 20 mil empregados.
Durante seu estágio remunerado, a bolsa dos alunos fica em torno de R$ 1 mil. Depois de contratados, dobra. Em um período curto de tempo, o valor pode chegar a R$ 4 mil.
As quantias podem não parecer muito impressionantes para os padrões brasileiros, mas sim o são para Bangalore, onde os professores do IIIT ganham na faixa dos R$ 4 mil e o aluguel de um apartmento de um quarto no centro da cidade sai por R$ 200.
Desafios vão além de estudar
Lages foi guia dos integrantes da missão durante um breve eio pelas dependências da Eletronic City. Animado com a visita dos compratriotas, falou sobre como está sendo sua nova vida em Bangalore.
Dois fatores complicam muito a vida do jovem: a apimentada comida indiana, impossível para muitos estrangeiros e componente único do cardápio do IIIT e os costumes locais na área de relacionamentos, muito distantes da realidade brasileira.
O primeiro problema é resolvido com escapadas a restaurantes de cozinha internacional da região e latas de feijoada importadas do Brasil. Já o segundo é bem mais complicado.
"A grande maioria dos meus colegas, gente na faixa dos 25 anos, ainda é virgem", revela Lages. Na Índia, casais de namorados não chegam se quer a dar-se a mãos na rua e em cidades do interior um simples beijo pode arruinar a vida de uma garota.
Em Bangalore, locais de agito noturno devem fechar as portas às 23h30. Mesmo no ambiente ocidentalizado do IIIT, onde pelo menos um terço dos estudantes é do sexo feminino - abundância para os padrões da TI, em qualquer parte do mundo -, a situação não é muito melhor.
"É complicado até de se tornar simplesmente amigo das mulheres", comenta Lages. Observando o movimento na Eletronic City, é fácil ver que existem muitos poucos grupos mistos de homens e mulheres aproveitando as instalações de lazer do parque.
O primeiro desafio na aproximação com uma mulher indiana é desfazer o entedimento de que qualquer relação entre os sexos opostos deva ter conotações matrimoniais. Desde Colombo, não é fácil a vida dos que querem desbravar as Índias. Aparentemente, nada mudou.
Maurício Renner acompanha a missão empresarial-acadêmica à Índia a convite da Feevale e da Valetec – Parque Tecnológico do Vale dos Sinos e relata tudo com um notebook HP Compaq 6710b da HervalTech. Confira mais pelo link relacionado abaixo.
O capixaba Ricardo Lages está há um ano no centro de excelência indiano, onde estudam 300 mestrandos e 15 doutorandos. Junto com o paraibano Avishek Nigam, country manager da operação indiana da Stefanini e descendente de indianos, Lages parece formar a diminuta comunidade brasileira na cidade.
Criado em parceria pelo governo da região, universidades locais e empresas, o IIIT trabalha orientado às necessidades do mercado e tem no seu conselho de direção representantes de grandes companhias como Infosys, Intel e Microsoft.
Lages, que pretende estudar os impactos do uso de TI na educação, financiado pela Qualidata uma empresa do Espírito Santo especializada na área, é um dos poucos alunos do IIIT a fazer pesquisa puramente científica.
No centro, predomina a pesquisa aplicada em empresas, onde os alunos fazem estágios de até seis meses, o dobro do habitual na Índia.
"O nível dos professores e dos alunos é impressionante", aponta Lages. Apesar da excelência, o IIIT tem problemas em manter os jovens na pesquisa, devido à grande pressão do mercado por profissionais qualificados. Ao outro lado da rua, para ficar em um só exemplo, ficam os headquarters da Infosys e seus 20 mil empregados.
Durante seu estágio remunerado, a bolsa dos alunos fica em torno de R$ 1 mil. Depois de contratados, dobra. Em um período curto de tempo, o valor pode chegar a R$ 4 mil.
As quantias podem não parecer muito impressionantes para os padrões brasileiros, mas sim o são para Bangalore, onde os professores do IIIT ganham na faixa dos R$ 4 mil e o aluguel de um apartmento de um quarto no centro da cidade sai por R$ 200.
Desafios vão além de estudar
Lages foi guia dos integrantes da missão durante um breve eio pelas dependências da Eletronic City. Animado com a visita dos compratriotas, falou sobre como está sendo sua nova vida em Bangalore.
Dois fatores complicam muito a vida do jovem: a apimentada comida indiana, impossível para muitos estrangeiros e componente único do cardápio do IIIT e os costumes locais na área de relacionamentos, muito distantes da realidade brasileira.
O primeiro problema é resolvido com escapadas a restaurantes de cozinha internacional da região e latas de feijoada importadas do Brasil. Já o segundo é bem mais complicado.
"A grande maioria dos meus colegas, gente na faixa dos 25 anos, ainda é virgem", revela Lages. Na Índia, casais de namorados não chegam se quer a dar-se a mãos na rua e em cidades do interior um simples beijo pode arruinar a vida de uma garota.
Em Bangalore, locais de agito noturno devem fechar as portas às 23h30. Mesmo no ambiente ocidentalizado do IIIT, onde pelo menos um terço dos estudantes é do sexo feminino - abundância para os padrões da TI, em qualquer parte do mundo -, a situação não é muito melhor.
"É complicado até de se tornar simplesmente amigo das mulheres", comenta Lages. Observando o movimento na Eletronic City, é fácil ver que existem muitos poucos grupos mistos de homens e mulheres aproveitando as instalações de lazer do parque.
O primeiro desafio na aproximação com uma mulher indiana é desfazer o entedimento de que qualquer relação entre os sexos opostos deva ter conotações matrimoniais. Desde Colombo, não é fácil a vida dos que querem desbravar as Índias. Aparentemente, nada mudou.
Maurício Renner acompanha a missão empresarial-acadêmica à Índia a convite da Feevale e da Valetec – Parque Tecnológico do Vale dos Sinos e relata tudo com um notebook HP Compaq 6710b da HervalTech. Confira mais pelo link relacionado abaixo.