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A Zhipu AI, mais uma rival chinesa do ChatGPT, começa a dar os largos para ser a primeira empresa da nova geração do ramo a abrir seu capital social e realizar um IPO na China.
Com documentos protocolados junto à Comissão Reguladora de Valores da China, a startup pretende tornar-se elegível à listagem pública ainda este ano ou no primeiro semestre de 2026.
A empresa já recebeu aportes na casa dos 10 bilhões de yuans (cerca de US$ 1,4 bilhão) de companhias consolidadas em sua terra natal, como Alibaba, Tencent, Ant Group, Meituan e Xiaomi, além de fundos estatais de cidades como Pequim, Chengdu e Hangzhou.
Somente o município de Chengdu realizou um aporte de 300 milhões de yuans (US$ 41 milhões) neste ano. Em 2024, o fundo saudita Prosperity7 injetou US$ 400 milhões na startup.
Além disso, Zhipu AI lançou um fundo de venture capital de 1,5 bilhão de yuans para investir em startups emergentes da China.
Fundada em 2019 por Tang Jie, professor de ciência da computação da Universidade de Tsinghua, a empresa conta com cerca de 800 funcionários e investe em profissionais do mundo acadêmico de seu país.
Seu trunfo é uma série de modelos de linguagem geral, conhecidos como GLM (General Language Model), que inclui o modelo GLM4, segundo a Zhipu AI, superior ao GPT-4 da OpenAI.
Essa série de modelos de linguagem atua com versões de código aberto, como o ChatGLM3-6B, mais uma das estratégias da startup para ampliar o alcance de sua tecnologia, assim como fazem suas rivais DeepSeek e a americana Perplexity.
Outra frente importante para a companhia é o AutoGLM, um aplicativo de agente de IA lançado em outubro de 2024 que utiliza comandos de voz para executar tarefas em smartphones, como compras e gerenciamento de histórico de pedidos — competindo com a Siri, da Apple, e o Google Assistente.
Fagner Ramos 4c144o
Jornalista no Baguete Diário