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Hervé Tessler. Foto: Divulgação
A Softline, uma integradora russa de tecnologia, nomeou um executivo francês com experiência no Brasil para liderar sua operação internacional.
Hervé Tessler atuou por 32 anos na Xerox, incluindo um período de dois anos como presidente da multinacional no Brasil, entre 2007 e 2009.
Depois, Tessler foi promovido para o cargo de chief operating officer para América Latina e o Caribe, ficando baseado em Miami.
O executivo seguiu carreira dentro da Xerox, saindo em fevereiro de 2020 como presidente de operações internacionais.
A Softline abriu uma operação no Brasil em 2014, comprando dois anos depois a Compusoftware, uma empresa de serviços de TI com especialização em Microsoft e infraestrutura pertencente ao grupo Globalweb.
A aquisição representou um salto para a Softline na época, quase quadruplicando o número de funcionários, para próximo de 120, e agregando cobertura no Rio de Janeiro e Minas Gerais para a empresa, até então só presente em São Paulo e Brasília.
Na época, a operação transformou o Brasil no segundo maior mercado da Softline fora da Rússia, com uma projeção de receita de US$ 150 milhões para toda a América Latina, frente a um faturamento global de US$ 800 milhões.
Outros dois anos depois, em 2018, a companhia contratou Eduardo Borba, ex-CEO da Sonda no Brasil, para liderar suas operações, e entrou em um período de relativo silêncio (Borba segue no comando, então a matriz deve estar satisfeita).
Desde então, muita água ou debaixo da ponte. No seu último ano fiscal, a Softline teve uma receita de US$ 1,8 bilhão. O número de países onde a empresa opera dobrou, para 60.
Em outubro do ano ado, a companhia abriu ações na bolsa de valores de Londres, no qual captou US$ 1,5 bilhão.
Falando de uma companhia fundada na Rússia, é inevitável falar das consequências da recente invasão russa na Ucrânia, que desataram uma série de sanções econômicas do Ocidente.
Pelo menos de acordo com a Softline, a companhia não sofreu grande impacto.
A companhia divulgou uma nota informando que não se considera uma entidade de propriedade ou conectada a uma pessoa ligada à Rússia, o que seria a condição para sofrer sanções. O fundador da Softline, Igor Borovikov, tem residência fiscal em Portugal.
Dentro da operação russa, as sanções teriam impacto em 10% das vendas, aponta outra nota.