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Empresa garantiu que desta vez não se trata de um acqui-hiring. Foto: divulgação.
O Nubank acaba de comprar a Cognitect, consultoria americana de engenharia de software que criou a linguagem Clojure e o banco de dados Datomic, ambos usados pelos desenvolvedores do banco digital.
A empresa não revelou o valor da transação.
Segundo o site Brazil Journal, parte do atrativo da aquisição é o know-how dos programadores da Cognitect, que deve ajudar a otimizar a capacidade de desenvolvimento de software do Nubank, garantindo que a fintech “continue escalando sua operação de maneira sustentável”.
Edward Wible, co-fundador e CTO do Nubank, ressaltou que o objetivo é ter o “time técnico mais talentoso do mercado” e que a Cognitect tem entre seus funcionários “alguns dos maiores especialistas do mundo” em linguagem funcional.
A linguagem é uma forma diferente de abordar a resolução de problemas na codificação e que trata a programação como funções matemáticas, evitando estado e dados mutáveis.
Esta é a segunda aquisição do banco digital desde que foi fundado, mas a empresa garantiu que a compra não é um acqui-hiring, como foi a aquisição da consultoria PlataformaTec em janeiro deste ano.
No tipo de aquisição anterior, uma empresa compra outra apenas para incorporar seus funcionários. Com relação à Cognitect, a fintech afirmou que, além da mão de obra, também vai assumir os produtos e serviços da empresa adquirida.
O relacionamento do Nubank com a Cognitect vem de longa data. Desde 2014, a empresa presta consultoria à startup brasileira e foi ela que ajudou a fintech a desenvolver seus primeiros produtos.
Outros unicórnios brasileiros também aderiram à prática de buscar profissionais comprando as empresas nas quais eles trabalham.
No ano ado, a Loggi adquiriu o empreendimento de inteligência artificial WorldSense e a Gym comprou a Flaner recentemente pelo mesmo motivo.
Desde o ano ado, o time da engenharia do Nubank mais que dobrou de tamanho, ando de 281 programadores para cerca de 600.
A fintech já captou US$ 820 milhões em sete rodadas de investimentos e teve receita de R$ 2,1 bilhões em 2019, com prejuízo triplicado no mesmo período.
Atualmente, o banco digital tem cerca de 2,7 mil funcionários, divididos entre Brasil, Argentina, México e Berlim. Ao todo, são 23 milhões de clientes.