
O Nubank registrou prejuízo líquido de R$ 122 milhões no ano ado. Foto: Divulgação.
O Nubank, emissor de cartões que atua apenas com um aplicativo de celular, registrou prejuízo líquido de R$ 122 milhões no ano ado. Em 2015, o prejuízo havia sido de R$ 32,7 milhões.
No ano ado, a receita operacional da empresa foi de R$ 77,09 milhões, um crescimento alto na comparação com os R$ 10,4 milhões registrados em 2015.
De acordo com o Valor Econômico, a empresa tem cerca de 1 milhão de cartões ativos - que operam com bandeira Mastercard.
Em entrevista ao Valor, Gabriel Silva, diretor financeiro do Nubank, atribui o prejuízo ao acelerado crescimento da companhia. A empresa entra em seu terceiro ano focada em investimentos em tecnologia e infraestrutura.
“Temos um custo baixo de aquisição de usuários, mas em contrapartida despesas com fabricação e envio dos cartões”, afirma.
Segundo ele, a prioridade, no curto prazo, é maior em mirar contas rentáveis e menor em obter lucro líquido.
Para acelerar o crescimento, a empresa conta com R$ 500 milhões em caixa, que devem ser usados principalmente para financiar as operações com o rotativo do cartão de crédito, a expansão de usuários, além dos investimentos em tecnologia.
Uma das principais fontes de receita do Nubank é a cobrança da taxa de intercâmbio — uma parte da taxa cobrada do lojista que fica com o emissor. Para financiar as operações com o rotativo (cujas taxas variam de 2,75% a 14% ao mês), o Nubank cede parte de sua carteira de recebíveis de cartões para um fundo de direitos creditórios.
A carteira reúne um total de R$ 1,4 bilhão, enquanto o fundo de recebíveis fechou 2016 com cerca de R$ 150 milhões. A companhia também deu entrada num pedido de criação de uma financeira, considerada estrategicamente relevante para impulsionar uma parte central do negócio da fintech, que é originar crédito.