PAGAMENTOS

O Pix não é a morte das maquininhas 542b5k

Máquinas de cartão têm funcionalidades, e, principalmente, pagamento parcelado. 1l4k1j

11 de dezembro de 2020 - 09:10
Patrick Burnett, fundador e CEO do InoveBanco. Foto: divulgação.

Patrick Burnett, fundador e CEO do InoveBanco. Foto: divulgação.

Desde que o Banco Central anunciou o novo meio de pagamento instantâneo, muito se fala das funcionalidades e vantagens que o Pix vai trazer. Antes mesmo do início de seu funcionamento, muitas especulações começaram a surgir.

Há discussões que vão desde como esta nova forma de realizar transferências, pagamentos de contas, boletos e compras poderá afetar o mercado com sua adesão, até debates sobre o possível fim da utilização de maquininhas.

Muitas mudanças acontecerão de fato, mas as maquininhas não devem desaparecer. 

Pode parecer estranha essa afirmação. Pensar que, com um novo jeito de pagar e receber dinheiro, não haverá mais a necessidade de utilizar maquininhas.

Então, com a adesão do Pix, como elas poderão sobreviver a esse novo meio de pagamento? Os motivos são diversos e precisamos pensar em fatores culturais e econômicos, além do simples fato de as maquininhas não servirem apenas para receber pagamento em cartão.

Hoje, 80% da economia do país é formada por pequenas e médias empresas, e a grande maioria é aderente à maquininha por desconhecimento tecnológico e desconfiança.

Outro ponto importante: muitos brasileiros ainda são reféns do crediário e de compras parceladas, e o Pix ainda não traz a possibilidade de pagamentos em crédito parcelado.

O Brasil possui cerca de 46 milhões de desbancarizados e um número incalculável de pessoas que possuem contas apenas para receber salário ou algum benefício, que são os chamados semi-desbancarizados. Isso porque há também uma grande questão em relação ao o/medo da tecnologia para elas.

Agora, para entendermos um pouco mais sobre as diversas funcionalidades de uma maquininha, precisamos voltar em 2009, quando o Banco Central liberou a competição entre as bandeiras e aumentou o o das adquirentes aos cartões.

Neste ano, Cielo e Rede começaram uma grande disputa para atrair mais clientes. Os anos aram, a tecnologia avançou e fintechs com soluções de pagamento começaram a nascer, e junto com elas surgiu a “guerra das maquininhas”, uma busca por menores taxas e diferentes funcionalidades.

A busca acirrada por um diferencial tornou a maquininha muito mais que uma forma de receber pagamento, mas também fonte de outros produtos e serviços. Por ela é possível realizar recargas de celular, parcelar tributos como o IPVA, IPTU e ITBI, emitir nota fiscal, entre outras tantas funcionalidades.

Um estabelecimento que possui uma maquininha consegue controlar tudo e simplificar tarefas complexas, por exemplo.

Um estacionamento de carros, consegue substituir facilmente um computador. Não há necessidade de anotar placas e horários, a própria maquininha, além de receber o pagamento, consegue ler o modelo e a placa, gravar o horário de entrada e gerar o comprovante ao motorista.

Na hora da cobrança, ela mesma calcula o tempo e o valor a ser pago, emitindo o cupom fiscal. 

Outro exemplo são os restaurantes, quando o garçom chega para nos atender, todo procedimento pode ser feito pela maquininha, desde anotar o nosso pedido, que chega direto até a cozinha ou bar do estabelecimento, cobrar pelo consumo já “splitando” a taxa de serviço, emitir o cupom fiscal, integrado com o SEFAZ e ainda estar integrado também com o sistema de istração do estabelecimento, controlando o estoque e abastecendo em tempo real toda informação.

Por enquanto, o Pix não trará o fim da maquininha, até mesmo porque a própria maquininha pode receber o pagamento através do Pix, substituindo a transação de débito, onde é gerado um QR Code e o cliente pode optar por pagar lendo este QR através do seu smartphone. 

Haverá um estímulo cada vez maior pela competição entre os players desse mercado. A quantidade de serviços que é possível alocar é muito grande, indo muito além. Receber pagamento é apenas uma de suas tantas funcionalidades. 

*Por Patrick Burnett, fundador e CEO do InoveBanco.

Leia mais 6z23s

VAREJO

Americanas agora aceita pagamento com Pix 545i6i

Há 1625 dias
FINTECH

Lojas Americanas compra Bit Capital 3wa3o

Há 1626 dias
ATUALIZAÇÃO

99 lança novo aplicativo com realidade aumentada 4r2838

Há 1633 dias
COMBUSTÍVEL

Ipiranga: aplicativo Abastece Aí com Stefanini 5v5o6b

SALTO

Itaú vai para a nuvem da AWS 2p6g5x

INFRA

Sicoob Cocred investe R$ 5 milhões em data center m225p

OPEN BANKING

O que nos espera além do PIX? 5r114v

FINTECH

AL5 Bank cadastra chaves Pix com DB1 4s1j3x

ECOSSISTEMA

Pivotar quer aproximar empresas e startups 5l6013

PAGAMENTOS

Fusion larga na frente na integração do PIX com o SAP 3z5z45