
Oi prepara corte de empregos. Foto: divulgação.
A Oi está reestrurando seu quadro profissional para 2015. Para isso a empresa vai eliminar cerca de 1.070 postos de trabalho da empresa em abril, o que representa 6% do total de funcionários diretos.
As demissões, mais uma etapa do plano de reorganização iniciado no quarto trimestre de 2014, atingem todos os níveis da companhia e se somam ao corte de cerca de 150 diretores e gerentes em outubro ado.
Segundo reporta a Reuters, o ajuste segue o plano do presidente da Oi, Bayard Gontijo, que pretende fortalecer a saúde financeira da empresa, que há anos registra altos níveis de endividamento, cenário que foi agravado com a malfadada fusão com a Portugal Telecom. Em 2014, a operadora registrou perdas de R$ 4,4 bilhões.
No total, a operadora planeja reduzir suas despesas com estrutura de pessoal em cerca de 20%, porém não deu detalhes sobre outros cortes e decisões para diminuir estes custos. Os encargos com as demissões serão contabilizados no resultado da Oi do segundo trimestre.
"O ano de 2015 é desafiador em todo o contexto macroeconômico do país e também no setor de telecomunicações. Considerando este cenário e os próprios desafios da companhia, a Oi desenvolveu um plano orçamentário para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e de rentabilidade", disse a Oi à Reuters.
Realizados os cortes, a empresa deve ainda contar com uma estrutura de 177 mil empregos diretos e indiretos em todo o território nacional.
A decisão de apertar o cinto não é exclusividade da Oi. Segundo dados da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações (Fenattel), a Telefônica Brasil, que opera a marca Vivo, demitiu cerca de 1 mil pessoas em fevereiro.
Outra operadora que também realizou ajustes em seu quadro de colaboradores foi a Nextel, que desligou 1 mil funcionários em São Paulo. Segundo a empresa, a mudança se deu devido à uma reestruturação de sua área de atendimento ao cliente, para "otimizar recursos e consolidar um modelo sustentável para suas operações".