Tamanho da fonte: -A+A 2vl4s

Acaba de voltar ao Rio Grande do Sul o fundador da Sisnema, Nei Maldaner, depois de um período de 18 meses no Canadá, durante o qual aproveitou para conhecer as novidades em tecnologia e ver o negócio sob uma perspectiva diferente.
Com o retorno de Nei à diretoria estratégica da empresa, a Sisnema inaugura mais uma fase de sua trajetória peculiar, iniciada décadas atrás quando os irmãos Maldaner – o hoje presidente Jones, o diretor Técnico Giani e o precocemente falecido Jerri – começaram seus primeiros empreendimentos juntos.
Os quatro garotos se dedicavam a atividades bem menos complexas do que consultoria em TI e os 200 diferentes módulos de treinamentos que a Sisnema oferece atualmente: eles vendiam picolés e jornais pelas ruas de Crissiumal, pequena cidade gaúcha na fronteira com a Argentina, a mais de 500 km de Porto Alegre.
“Não éramos pobres, mas também não havia dinheiro sobrando. O pai sempre incentivou que nós nos virássemos sozinhos”, lembra Nei. “Geralmente, o Nei começava alguma coisa e logo estávamos envolvidos”, completa Jones.
Anos depois, quando começou a tocar o que viria a ser a Sisnema em Porto Alegre, Nei deve ter se lembrado dessa época, ao convencer Jones a tornar-se sócio da empresa. “O Nei não sabia cobrar pelo trabalho que fazia. Ele achava tudo muito fácil e não via o valor por trás”, resume Jones.
Nei aprendeu as primeiras linguagens de programação de forma autodidata no começo dos anos 80, mexendo nas máquinas de uma transportadora onde sua função original era organizar fichas em ordem cronológica.
O aprendizado seria útil tempos depois, quando ganhou um edital para fazer o sistema de RH da Ceasa, na capital. “O contrato previa seis meses. Eu concluí tudo em três e segui fazendo outros módulos, porque achava que tinha que trabalhar o prazo todo”, revela Nei, rindo do que hoje considera uma “típica visão técnica”.
Com Jones no departamento comercial e cuidando da istração cotidiana da empresa, a Sisnema estava pronta para aproveitar a grande oportunidade comercial do final dos 80s para empresas de TI: os microcomputadores e as redes corporativas.
Eram tempos em que se fechavam negócios por fax. Um dos maiores projetos da época foi a informatização da rede do Sicredi no estado, em mais de 80 cidades do interior gaúcho.
“Cada uma demandava um dia inteiro de trabalho. Cansei de dormir em rodoviárias do interior”, lembra Giani, que veio de Crissiumal para apoiar o trabalho na empresa e ser responsável por diversas destas implantações.
Além de Giani, diversos outros conterrâneos dos Maldaner acabaram trabalhando na Sisnema. “Até um chapista de xis eu treinei. O cara acabou dando um excelente técnico”, lembra Nei.
Durante esses anos, a Sisnema começou a diversificar o negócio, oferecendo os primeiros treinamentos na plataforma Novell. “Não queríamos aprisionar os clientes, tornando-os dependentes de nós para qualquer coisa”, comenta Jones.
Foi o começo da área de cursos, hoje responsável por cerca de metade da receita e grande parte da notoriedade da empresa, que estima abocanhar 70% dos treinamentos Microsoft no Rio Grande do Sul, mesmo tendo sido a quarta e última credenciada pela multinacional no estado.
“Essa mudança foi fundamental para nos manter no mercado. Dos nossos concorrentes da época, só uns quatro seguem ativos”, resume Nei. Já Jones destaca a sobriedade da istração do negócio. “Não nos interessa sair abrindo filiais ou assumir projetos para inflar o faturamento sem gerar lucro”, resume.
Outra particularidade da Sisnema – que lhe valeu uma posição de destaque no Conselho da Microsoft para área educacional – é o insistente trabalho de divulgação da tecnologia pelo interior do estado, dividido em palestras gratuitas para o público em geral e em escolas públicas.
Só no ano ado, participaram dos eventos cerca de 8 mil pessoas. As palestras foram realizadas uma vez por semestre em nove cidades gaúchas, incluindo localidades distantes como Livramento ou Três de Maio. A maior foi na capital e atraiu 800 pessoas interessadas em gestão de TI com ITIL.
As palestras voltadas para escolas se concentram na região metropolitana e somaram 60 no ano ado. “Não são palestras para vender cursos, estamos levando nosso melhor conteúdo”, afirma Giani, um dos palestrantes mais assíduos nos eventos.
“Vira e mexe aparece alguém querendo fazer um curso sobre o qual nos ouviu falar há anos em alguma cidade pequena”, comenta Nei. “Estabelecemos uma conexão com essas pessoas. Tem gente que fez 20 treinamentos conosco. É uma satisfação”, completa o empresário.
Com o retorno de Nei à diretoria estratégica da empresa, a Sisnema inaugura mais uma fase de sua trajetória peculiar, iniciada décadas atrás quando os irmãos Maldaner – o hoje presidente Jones, o diretor Técnico Giani e o precocemente falecido Jerri – começaram seus primeiros empreendimentos juntos.
Os quatro garotos se dedicavam a atividades bem menos complexas do que consultoria em TI e os 200 diferentes módulos de treinamentos que a Sisnema oferece atualmente: eles vendiam picolés e jornais pelas ruas de Crissiumal, pequena cidade gaúcha na fronteira com a Argentina, a mais de 500 km de Porto Alegre.
“Não éramos pobres, mas também não havia dinheiro sobrando. O pai sempre incentivou que nós nos virássemos sozinhos”, lembra Nei. “Geralmente, o Nei começava alguma coisa e logo estávamos envolvidos”, completa Jones.
Anos depois, quando começou a tocar o que viria a ser a Sisnema em Porto Alegre, Nei deve ter se lembrado dessa época, ao convencer Jones a tornar-se sócio da empresa. “O Nei não sabia cobrar pelo trabalho que fazia. Ele achava tudo muito fácil e não via o valor por trás”, resume Jones.
Nei aprendeu as primeiras linguagens de programação de forma autodidata no começo dos anos 80, mexendo nas máquinas de uma transportadora onde sua função original era organizar fichas em ordem cronológica.
O aprendizado seria útil tempos depois, quando ganhou um edital para fazer o sistema de RH da Ceasa, na capital. “O contrato previa seis meses. Eu concluí tudo em três e segui fazendo outros módulos, porque achava que tinha que trabalhar o prazo todo”, revela Nei, rindo do que hoje considera uma “típica visão técnica”.
Com Jones no departamento comercial e cuidando da istração cotidiana da empresa, a Sisnema estava pronta para aproveitar a grande oportunidade comercial do final dos 80s para empresas de TI: os microcomputadores e as redes corporativas.
Eram tempos em que se fechavam negócios por fax. Um dos maiores projetos da época foi a informatização da rede do Sicredi no estado, em mais de 80 cidades do interior gaúcho.
“Cada uma demandava um dia inteiro de trabalho. Cansei de dormir em rodoviárias do interior”, lembra Giani, que veio de Crissiumal para apoiar o trabalho na empresa e ser responsável por diversas destas implantações.
Além de Giani, diversos outros conterrâneos dos Maldaner acabaram trabalhando na Sisnema. “Até um chapista de xis eu treinei. O cara acabou dando um excelente técnico”, lembra Nei.
Durante esses anos, a Sisnema começou a diversificar o negócio, oferecendo os primeiros treinamentos na plataforma Novell. “Não queríamos aprisionar os clientes, tornando-os dependentes de nós para qualquer coisa”, comenta Jones.
Foi o começo da área de cursos, hoje responsável por cerca de metade da receita e grande parte da notoriedade da empresa, que estima abocanhar 70% dos treinamentos Microsoft no Rio Grande do Sul, mesmo tendo sido a quarta e última credenciada pela multinacional no estado.
“Essa mudança foi fundamental para nos manter no mercado. Dos nossos concorrentes da época, só uns quatro seguem ativos”, resume Nei. Já Jones destaca a sobriedade da istração do negócio. “Não nos interessa sair abrindo filiais ou assumir projetos para inflar o faturamento sem gerar lucro”, resume.
Outra particularidade da Sisnema – que lhe valeu uma posição de destaque no Conselho da Microsoft para área educacional – é o insistente trabalho de divulgação da tecnologia pelo interior do estado, dividido em palestras gratuitas para o público em geral e em escolas públicas.
Só no ano ado, participaram dos eventos cerca de 8 mil pessoas. As palestras foram realizadas uma vez por semestre em nove cidades gaúchas, incluindo localidades distantes como Livramento ou Três de Maio. A maior foi na capital e atraiu 800 pessoas interessadas em gestão de TI com ITIL.
As palestras voltadas para escolas se concentram na região metropolitana e somaram 60 no ano ado. “Não são palestras para vender cursos, estamos levando nosso melhor conteúdo”, afirma Giani, um dos palestrantes mais assíduos nos eventos.
“Vira e mexe aparece alguém querendo fazer um curso sobre o qual nos ouviu falar há anos em alguma cidade pequena”, comenta Nei. “Estabelecemos uma conexão com essas pessoas. Tem gente que fez 20 treinamentos conosco. É uma satisfação”, completa o empresário.