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José Henrique Kracik da Silva. Foto: divulgação.
A PagueVeloz, startup de sistemas de pagamento e cobrança ligada à catarinense Bludata, quer expandir a sua atuação no mercado a partir desse ano, apostando em novos segmentos de atuação e produtos.
Com a nova estratégia, a companhia fundada em 2013 quer fechar 2015 com um crescimento de 200%, indo além dos setores em que iniciou suas operações - o de autoescolas e despachantes.
Os novos produtos da empresa envolvem aplicações de e-commerce e uso de cartão de crédito para a realização de pagamentos, usando terminais da PagueVeloz desenvolvidos em parceria com a Gertec.
A empresa é especializada em aplicações de emissão e gerenciamento de boletos, envio de SMS e parcelamento de débitos veiculares, atendendo a cerca de 400 clientes em dez estados.
Em 2014, a companhia realizou a emissão de 50 mil boletos de cobrança, o envio de mais de 173 mil SMS e registrou um crescimento de 80% em receita. A empresa não divulgou valores de faturamento.
De acordo com José Henrique Kracik da Silva, fundador da startup, no momento o principal mercado está em Santa Catarina, onde despachantes respondem por mais de 80% das operações de pagamento de débitos veiculares e taxas junto a Detran.
"A companhia nasceu de uma demanda da Bludata, que desenvolve sistemas de gestão para autoescolas e despachantes. Com a PagueVeloz, criamos uma solução de pagamento para contemplar a necessidade destes empresários catarinenses, que operam ligados por uma cooperativa dedicada, a Creditran", explica o executivo.
Entretanto, o plano da companhia é expandir o alcance da PagueVeloz além dos sistemas da empresa-mãe, integrando as soluções com sistemas próprios de outros estabelecimentos.
"Nossos softwares possuem APIs abertas, caso as empresas interessadas queiram integrar nossa soluções de pagamento com seus programas de gestão", explicou Kracik.
Para o fundador da empresa, a oferta de máquinas de cartão de crédito para despachantes é uma grande aposta da marca para a geração de receita, devido ao grande potencial da adoção por parte dos clientes.
"Hoje em dia, o pagamento destes tributos é feito somenta à vista, em dinheiro ou cartão de débito. Vamos incluir o uso de cartões de crédito e parcelamento, uma opção que será atraente para o contribuinte e para despachantes", afirmou Kracik.
De acordo com o executivo, embora a operação de boletos é a que mais tem fluxo de transações, a maior receita está na parte de cartões - e a PagueVeloz quer ampliar esta fatia.
Em paralelo a isso, a companhia blumenauense está investindo em uma expansão geográfica mais agressiva, acompanhando a entrada da Creditran no Rio Grande do Sul, um mercado onde os tributos veiculares geralmente são pagos diretamente pelo contribuinte.
"Iniciamos nossa atuação em CFCs, mas a facilidade de controle, gerenciamento e o preço reduzido para emissão dos boletos se encaixa também em outras empresas. Além do Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo são estados em que já temos novas parcerias se consolidando”, conta.