
Odir Tonollier. Foto: divulgação.
A Paquetá foi a empresa responsável por emitir a primeira Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor (NFC-e) via dispositivo móvel.
A rede varejista testou a novidade no último dia 12 de julho em sua sede comercial no bairro Navegantes, em Porto Alegre em projeto piloto encabeçado pela Secretaria da Fazenda do Estado, que deverá ser levado para outros estados do país.
Para emitir a nota via celular, a varejista reformulou seu processo de atendimento ao cliente em uma de suas lojas. O pagamento foi feito diretamente ao vendedor, que usou um smartphone com aplicações de emissão da NFC-e e de pagamento com cartão de crédito e/ou débito.
Efetuado o pagamento, o cliente pode receber via e-mail ou QR Code a chave eletrônica para ar sua nota fiscal online. Segundo líder nacional do projeto NFC-e, Newton Oller de Mello, a novidade representa um salto de qualidade no serviço.
Para Oller, a NFC-e reduzirá custos como o de papel e racionalizará processos para as empresas, além de possibilitar o uso de novas tecnologias de mobilidade e propiciar a integração de plataformas de vendas físicas e virtuais.
“A Paquetá é uma importante rede varejista de calçados do RS e usará a flexibilidade e agilidade da NFC-e no seu conceito de 'Loja do Futuro', onde desaparece o conceito de caixa para pagamento", explica.
Não é a primeira vez que a Paquetá puxa a frente na adoção de novidades para suas ferramentas de atendimento e pagamento. No ano ado, no início do projeto da NFC-e, a rede varejista aderiu à novidade em suas lojas, juntamente com outras empresas gaúchas como Panvel, Renner e Colombo.
ALÉM DAS GRANDES
Para o Secretário da Fazenda do RS, Odir Tonollier, a implantação do sistema começou pelas grandes redes para dar maior visibilidade e servir de estímulos aos demais comerciantes. Por enquanto, o uso da NFC-e, tanto no formato tradicional como o móvel, são opcionais, mas o governo está incentivando as empresas para adotar a solução.
"É um processo mais simples. Permite que, no momento da emissão da nota, ela já seja autorizada em tempo real com a Fazenda. Para a empresa, significa redução de custos, e, para o estado, maior controle", afirmou.
No entanto, com a criação de recursos como o da NFC-e em dispositivos móveis, a ideia do governo é transformar o smartphone em um ponto de venda e de pagamento, levando estes recursos a comerciantes de micro e pequeno porte.
Segundo Marli Ruaro, coordenadora de projetos do sistema de patrimônio da Sispro, empresa que também está de olho no uso da NFC-e, com o avanço das tecnologias de pagamento móvel, é importante que a fiscalização também acompanhe estas tendências.
"Estas tecnologias devem se popularizar a partir do próximo ano, com mais aplicações de pagamento e aumento da base de smartphones. Ainda existem questões legais e outros ajustes, principalmente em algumas questões estaduais, mas estão avançando", afirma.