
Elop e Ballmer firmaram acordo entre a Nokia e a Microsoft
O acordo celebrado entre Nokia e Microsoft, em Londres, na manhã dessa sexta-feira, 11, teve um reflexo pouco festivo nas ações da finlandesa fabricante de celulares – queda de 10% na abertura da bolsa de Helsinque (Finlândia).
Já na quinta-feira, 10, o anúncio fora anunciado pela agência Bloomberg.
Ironicamente, o acordo visa a fortalecer a atual líder de mercado na disputa contra as emergentes Apple e Google, que ganham espaço com as plataformas iOS e Android, respectivamente.
Em comunicado, a Nokia assegura que adotará o Windows Phone como principal sistema operacional para seus smartphones, confirmando o enfraquecimento da plataforma própria da empresa, o MeeGo.
Junto com o Windows, a empresa espera trazer para os seus celulares recursos populares no sistema operacional da parceira, como o Office, além de outros recursos da gigante de software, como o Bing (buscador da empresa, concorrente do Google) e a plataforma de games Xbox.
O anúncio representa a principal medida de uma "nova direção estratégica" que a Nokia revelou antes de um encontro com investidores, em Londres.
A aliança também contempla o desenvolvimento conjunto de aplicações e serviços para telefones móveis, em uma tentativa de competir com a App Store, da Apple, e o Android Market, do Google.
Atrás do tempo perdido
Desde 2007, quando surgiu o iPhone, a Nokia se viu ameaçada na liderança da inovação no mercado de telefonia celular.
Não ser a fonte das boas ideias da indústria tem se refletido na fatia de mercado.
Entre 2009 e 2010, a empresa teve queda de 25% no market share, apesar de seguir sendo a líder, com 28,9% do mercado mundial de aparelhos. O Symbian, plataforma da finlandesa, também lidera, com 37,6% de mercado.
A perda de terreno do gigante finlandês nos últimos anos levou há poucos dias seu novo diretor-executivo e antigo diretor da Microsoft, Stephen Elop, a comparar a situação da companhia com “uma plataforma petrolífera em chamas”, em comunicado interno dirigido a seus funcionários.
“Hoje estamos acelerando essa mudança através de um novo caminho, com o objetivo de recuperar a liderança nos smartphones, reforçar nossa plataforma móvel e realizar investimentos futuros”, acrescentou.
A nova estratégia da Nokia também inclui algumas mudanças em sua cúpula de direção, embora menores que o esperado.
Abaixo, você confere o comunicado feito pelos CEOs da companhia (em inglês), explicando o que pretendem com o acordo.