
Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche, fundadores da Payface. Foto: divulgação.
A Payface, catarinense de pagamentos por reconhecimento facial, chegou à final do programa de aceleração da Qatar Fintech Hub (QFTH), co-fundado pelo Qatar Development Bank (QDB), que acontece na metade de dezembro.
Na ocasião, o programa vai completar 12 semanas de duração e os representantes das 13 fintechs finalistas irão apresentar suas inovações para o mercado local e internacional, visando novas rodadas de investimentos.
Entre as startups selecionadas, a Payface é a única com origem na América Latina.
Além de se conectar com parceiros globais do ecossistema de pagamentos, elas devem receber e para incorporar a empresa no país sem custos, ganhar homologação para atuar junto ao Banco Central do Catar e a oportunidade para colaborar com 16 reguladores e instituições financeiras locais.
O novo programa de aceleração foi criado para dar e ao crescimento da indústria de fintech no país arábe e, nos últimos meses, a QFTH recebeu mais de 750 aplicações de startups de 72 países.
No processo de avaliação, 55 finalistas foram convidadas a apresentar suas soluções por meio de pitch days virtuais, julgados por um composto por parceiros estratégicos e representantes dos acionistas da QFTH e da QDB, como Visa e MasterCard.
Entre elas, 11 startups de early stage foram selecionadas para o programa de incubação, sendo oito do próprio Catar, uma da Austrália, uma da Rússia e uma do Reino Unido.
Outras 13 startups maduras foram selecionadas para o programa de aceleração, entre elas a Payface. Além da brasileira, estão fintechs do Catar, Singapura, Líbano, Jordânia, Turquia, Índia, Canadá, Reino Unido e Kuwait.
As selecionadas cobrem áreas como serviços de pagamento, pagamentos móveis, soluções para PMEs, soluções Know Your Customer (KYC), pagamentos B2B e wallets.
Segundo o programa, os critérios de avaliação foram relacionados à tração, força e originalidade das soluções, capacidade do time, potencial de implementação e impacto no mercado do Catar.
Para a Payface, estar em contato com uma organização como o Banco de Desenvolvimento do Catar, que já colaborou com nomes do mundo inteiro, representa o o a uma gama de oportunidades para desenvolvimento de negócios em escala global.
“O QDB já proporcionou o desenvolvimento de centenas de grandes companhias. Sermos selecionados para o programa marca o início de uma nova fase para a Payface e mostra o potencial que temos de impactar ecossistemas que se encontram há continentes de distância do Brasil”, afirma Eládio Isoppo, CEO e cofundador da Payface.
A Payface foi fundada em 2018, em Florianópolis, por Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche, que já haviam empreendido antes em outras startups.
Sua solução conecta, por biometria facial, o rosto de cada usuário com os mais diferentes meios de pagamento utilizados pelos varejistas, como cartões de crédito, private labels, wallets, adquirentes, subadquirentes e gateways de pagamento.
Em pouco mais de um ano de atuação, a fintech realizou mais de 100 mil transações em pequenos comércios da capital catarinense e, em junho deste ano, recebeu um aporte de R$ 3 milhões em rodada seed liderada pela empresa BRQ Digital Solutions.
Também fizeram parte do investimento o fundo Next A&M, a aceleradora Darwin Startups e grupos apoiados pela Harvard Angels e Nikkey Empreendedores do Brasil (NEB), além de investidores individuais como Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil.