
A coisa segue quente na Gerdau. Foto: divugalção/Gerdau.
Eden Brazil da Paz não é mais gerente de serviços compartilhados da Gerdau.
A informação é de fontes de mercado. Procurada pela reportagem do Baguete, a Gerdau não se posicionou até o fechamento dessa matéria.
Paz entrou na Gerdau em 2005 como gerente de RH do CSC da siderúrgica e assumiu toda a operação no começo de 2013.
Além da Gerdau, o profissional também participou da criação dos CSC da Syngenta, Camargo Correa e Accenture.
Paz começou a carreira na área de RH, mas acumulou experiências em implantações de ERP e redesenho/reorganização de áreas/estruturas em empresas como Whirlpool, Scania e Cofap.
Os últimos tempos tem sido agitados na Gerdau. No final de novembro, a empresa fez cerca de 40 demissões na sua área de TI, concentradas nas operações no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
Fontes ouvidas pelo Baguete estimam a equipe interna de TI da Gerdau em 200 pessoas.
Os cortes foram confirmados pela Gerdau ao Baguete. A siderúrgica não falou em números oficiais.
A decisão foi atribuída à retração no mercado de aço do Brasil, que caiu 11% no terceiro trimestre.
Segundo o Baguete pode averiguar com fontes próximas, os cortes se concentraram em perfis técnicos, principalmente analistas com muitos anos de casa e salários acima da média de mercado.
De acordo com outra fonte, a multinacional de aço está renegociando contratos com fornecedores para diminuir custos.
Os cortes aram por outras partes da empresa. Ainda em novembro, a Gerdau informou que fechará a fábrica de Curitiba e suspenderá a produção de aço e laminados na unidade de Araucária, também no Paraná, a partir do final deste mês.
Novamente, a Gerdau não revela números, mas fontes do governo paranaense ouvidas pelo G1 falam em 200 demissões.
Em julho deste ano, a empresa fechou uma unidade em Sorocaba, em São Paulo, demitindo 160 funcionários segundo o sindicato local.
Em novembro, a Gerdau anunciou o corte do plano de investimentos de 2014 de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,1 bilhões.
Os investimentos previstos para este ano, mesmo antes da redução, já estavam abaixo da média anual de R$ 2,6 bilhões nos últimos três anos.
A decisão ocorreu em um momento em que o preço do minério caiu para o menor nível em mais de cinco anos.
Nesta quarta-feira, a commodity era negociada a US$ 76 por tonelada, menor patamar desde junho de 2009. A queda acumulada no ano chega a quase 43%.
Entre julho e setembro, o lucro líquido da companhia somou R$ 262 milhões, queda de 59,2% na comparação anual.
O balanço do terceiro trimestre foi impactado por menor geração de caixa, com recuo de 13,4% Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sobre um ano antes, a R$ 1,224 bilhão, e da margem para 11,4%.
Analistas estimavam, em média, Ebitda de R$ 1,18 bilhão para a Gerdau no terceiro trimestre e margem de 11,2%.