
ATM não é só coisa de banco, na opinião da gaúcha Perto.
Fabricante de equipamentos para bancos e varejo com sede em Gravataí, na grande Porto Alegre, a empresa está apostando no aumento dos terminais de autoatendimento em estacionamentos.
Hoje, o segmento responde por uma parte “significativa” da área de automação comercial, segundo Margô Neff, gerente de automação comercial da Perto.
Em 2011, a automação comercial contribuiu com 20% dos negócios, estimados em R$ 320 milhões.
Na própria capital gaúcha, o Lindóia Shopping, centro comercial pelo qual am diariamente 18 mil pessoas, boa parte usuária das 105 vagas no estacionamento, a empresa instalou três terminais, com capacidade de atendimento de 500 clientes/dia em cada um.
Segundo o gerente-geral do Lindóia Shopping, Fábio Irigoite, o objetivo é otimizar o fluxo de estacionamento.
“É uma praticidade aos nossos clientes, caracterizados por serem um público fiel. Os usuários consideram o Paystation moderno e fácil de operar”, finaliza.
A máquina aceita e reconhece valores em cédulas e moedas e devolve troco.
Esse é o primeiro projeto do tipo no Rio Grande do Sul.
Além do Lindóia, a Perto fechou no ano ado importantes parcerias para fornecimento do sistema com outros dois shopping centers da região Sul do Brasil: o Park Shopping Barigüi e o Palladium Shopping Center, ambos de Curitiba.
A Perto já tem pilotos e contratos fechados com estabelecimentos comerciais de outros estados, como São Paulo e no Rio de Janeiro, de bandeiras como Multiplan e Iguatemi, revela Margot.
Em todo o Brasil, a empresa já tem quase 80 terminais em estacionamentos.
Além disso, as máquinas Paystation operam também em Campinas e no metrô do Rio de Janeiro, onde 60 máquinas estão instaladas.
“Por aqui é que o gaúcho é um pouco mais resistente e cético”, comenta Margô. “O comerciante ainda acha que o cliente tem que ser atendido de forma mais próxima ao pagar o estacionamento”, finaliza.
Aos poucos, a resistência gaúcha está mudando.
O Bourbon Country, por exemplo, já mostrou interesse em instalar cinco máquinas da Perto. Bom para um shopping que tem 2.150 vagas no estacionamento, 98 lojas e oito cinemas.
Margô ressalta que esse sistema já é comum nos Estados Unidos e na Europa, e que a expansão maior deverá se dar em 2012 no Brasil, onde há cerca de 900 centros comerciais.
Parte do crescimento da Perto se dá pela parceria com a provedora de soluções de automação de estacionamento integradas WPS, integrante do grupo holandês Imtech.
A WPS oferece o sistema de istração das catracas, e a Perto entra com os equipamentos em alguns projetos da empresa. Com a integração, o sistema já foi para o Chile e a Venezuela.
“Por isso que 2012 promete pra gente”, diz Margô, sem precisar quanto deve ser o aumento na participação de mercado nesse ano.
Além da fábrica de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a companhia também mantém sede em Alphaville e escritórios em 16 cidades. Ao todo, a organização emprega 1,5 mil colaboradores, que atendem a clientes do Brasil e de outros 25 países.
No meio do ano ado, a empresa anunciou investimentos de R$ 38 milhões para a ampliação da fábrica de Gravataí.