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Matéria do jornal norte-americano Wall Street Journal dessa quinta-feira, 21, noticia o contra-ataque da brasileira Vostu contra a norte-americana Zynga – ambas empresas de games sociais.
O motivo das disputas são alegações de plágio.
Em junho, a Zynga – autora de títulos como o popular FarmVille, no Facebook – acusou a Vostu de copiar seus apps nos mínimos detalhes (até nos erros, segundo o processo). Agora, a Vostu – que lançou recentemente o MegaCity – devolve a acusação.
As vítimas de cópia seriam outras empresas do ramo.
Segundo o Wall Street Journal, títulos como Social City (Playdom), Townster (Gamester), Train City (LIFO Interactive) – todos anteriores ao CityVille, da Zynga – são candidatos a plagiado.
Outros jogos, como FarmVille, também teriam sido “inspirados” demais em games de terceiros.
De acordo com o jornal, a alegação básica é de que a própria Zynga não criou os jogos que ela acusa a Vostu de copiar, o que jogaria por terra o processo contra a Vostu. “Eles (os recursos supostamente copiados) já eram comuns em outros games”, diz o processo.
A Zynga levantou as primeiras acusações em 20 de junho. O foco do problema são os títulos MegaCity, MinifaZenda e Cafe Mania (cujo plagiado seria o café World, da Zynga).
Segundo a produtora norte-americana, a Vostu – já chamada de “Zynga brasileira” – copiou até os erros dos jogos, como um bug no CityVille que permite que um tipo de prédio governamental seja construído longe das pistas, que também está presente no MegaCity.
Na época, a Vostu se defendeu:
“Uma ação sem fundamento de uma empresa litigiosa conhecida por suas táticas legais agressivas não causa nenhum impacto sobre o nosso compromisso e serviços para com os nossos usuários.”
Apesar de não ser o mercado em que as redes sociais têm maior alcance na América Latina – o Brasil é o 10º no ranking da comScore, com 85,3% de alcance – os brasileiros são o maior mercado online da região.
São 40 milhões de usuários brasileiros, mais que o dobro do México, onde as redes sociais têm alcance de 88,8% entre 17,8 milhões de internautas, e quase quatro vezes mais que a Argentina (com 89,7%, 12,8 milhões) e Chile (91,7%, 7,3 milhões).
Segundo maior gasto médio por usuário, com 24,3 horas por mês, o Brasil só perde nesse quesito para a Argentina – onde os internautas gastam 25 horas em média, mensalmente.