
A Polícia Civil cumpriu 10 mandados de prisão relacionados à Operação F7. Foto: Divulgação.
A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão na quinta-feira, 16, relacionados à Operação F7, iniciada há 18 meses.
A Operação F7 investiga uma organização criminosa responsável por desenvolver um software de ERP com o objetivo de sonegar impostos.
Um dos módulos é capaz de controlar as vendas das empresas sem a emissão de notas fiscais ou com documentos fiscais em quantidade e valores inferiores aos realmente faturados. Assim, as empresas clientes do software se beneficiavam pelo esquema.
A investigação estima que a sonegação fiscal controlada pelo software possa alcançar a cifra de R$ 1 bilhão, a partir da comparação de movimentação financeira com faturamento declarado por empresas usuárias do software.
A confirmação do valor depende da auditoria fiscal que será promovida pela Secretaria de Estado da Fazenda e Receita Federal do Brasil.
No cumprimento das medidas judiciais estão sendo procuradas mais evidências do uso do software pelas empresas participantes da fraude. Os equipamentos de informática e os demais materiais apreendidos na quinta-feira serão encaminhados para os órgãos responsáveis pela auditoria.
As ações da polícia ocorreram nas cidades de Rio do Sul, Itajaí, Criciúma, Palhoça (em SC), Londrina (PR) e Presidente Prudente (SP).
Os nomes dos envolvidos e das empresas usuárias do software não foram revelados em função das investigações ainda estarem em curso.
A operação foi batizada de F7 pois essa era a tecla usada para acionar os controles de vendas sem a emissão de documento fiscal. O software foi desenvolvido para que a aparência fosse de regularidade e apenas quem detivesse o conhecimento da fraude pudesse ar os registros alheios ao faturamento declarado.