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Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, comparou a situação no CNPq, que sofreu a queima de um servidor e está com suas plataformas paralisadas há sete dias, a uma pane de avião — citando sua experiência como astronauta.
“Obviamente vocês sabem que eu já ei por muitas situações difíceis, à noite, em voo, com instrumento a baixa altura, com avião monomotor. Dá para imaginar uma situação dessas e aí a gente aprende a resolver panes”, disse Pontes em um vídeo publicado em sua conta no Twitter.
Segundo o ministro, a situação relatada “é o que está acontecendo agora. Está sendo resolvida essa pane e não vai ter nenhuma implicação”, comparou o astronauta.
Evaldo Vilela, presidente do CNPq, também participou do vídeo e preferiu falar mais especificamente do que interessa: a integridade dos dados.
“Nós estamos recuperando dados. Com relação ao Lattes, já está recuperado, nós temos backup. E, com relação ao pagamento de bolsistas, está tranquilo”, afirmou Vilela. Segundo o presidente, os rees são realizados através de outra plataforma, que não foi atingida.
No final do vídeo, o ministro ainda acrescentou que o problema vai servir para melhorar o sistema.
“Agora a gente vai observando o que aconteceu para fazer a análise desse incidente e melhorar o sistema. Então, no final das contas, o sistema vai ficar melhor do que já estava”, afirmou Pontes.
Já em seu Instagram, o astronauta comparou o apagão a um problema automotivo: “é como furar um pneu, não dá para prever, simplesmente acontece. Não há sistema infalível. Pessoal vai morrer por causa disso? Não”.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sofre um apagão nas plataformas Lattes e Carlos Chagas, principais sistemas federais da pesquisa brasileira, desde a última sexta-feira, 23.
De acordo com a Folha de São Paulo, o problema impacta processos rotineiros relacionados ao fomento à pesquisa, como pagamento, renovações de bolsas e prestações de contas, além da impossibilidade de o a editais, como o de bolsas de produtividade em pesquisa.
A única plataforma do órgão em operação seria o site, que é hospedado no servidor central do Governo Federal.
A plataforma Lattes é um banco de dados com todos os currículos de pesquisadores e ações como a aprovação de bolsas dependem da consulta ao sistema. Já pela plataforma Carlos Chagas, se operacionalizam chamadas públicas e editais de fomento à pesquisa, gestão e pagamento de bolsas.
Ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq financia cerca de 84 mil pesquisadores.
Além disso, outros órgãos como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e agências de fomento ligadas a governos estaduais também realizam operações com auxílio da plataforma Lattes.