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Mário Teza. Foto: divulgação.
O Porto Alegre Livre, rede de wifi gratuita da prefeitura da capital gaúcha, deve começar a dar um salto na quantidade de pontos de o disponíveis a partir de março do ano que vem, quando devem começar a entrar parceiros privados “no atacado” dentro do sistema.
Lançada no final de setembro, a rede de wifi é uma espécie de parceria público privada, na qual a prefeitura cobre alguns locais públicos de grande circulação e empresas privadas podem abrir suas redes privadas sob um nome comum.
Até agora, boa parte da cobertura é oferecida pelo governo, que banca 15 pontos de wifi gratuito nos quais é oferecida conectividade da rede de fibra óptica da municipal, a Infovia (outros 55 devem ser agregados nos próximos meses). Três empresas privadas abriram o sinal das suas redes desde o lançamento.
No momento, a Procempa, organizadora da iniciativa, está trabalhando junto a sindicatos e associações de classe que atuarão como disseminadores do projeto junto aos seus filiados. Um exemplo desse tipo de público são os postos de gasolina, metade dos quais já abrem wifi para os clientes.
“Nossa ideia é que o Porto Alegre Livre seja uma espécie de franquia, na qual a cidade se encarregue de fazer o marketing do serviço”, comenta o presidente da Procempa, Mário Teza.
Teza cita como uma inspiração o Liquida Porto Alegre, um período de descontos no comércio da capital que começou a ser promovido a partir da Secretaria de Indústria e Comércio e hoje é uma parte do calendário de compras da cidade.
Além de aumentar o conhecimento do público sobre a disponibilidade do serviço, ao recorrer sempre ao mesmo nome para oferecer a conexão (para aderir, é só se inscrever no site e mudar o SSID da rede) a adesão ao Porto Alegre Livre trará outros benefícios em breve, aponta Teza.
Isso porque, com a entrada em vigor do Marco Civil da Internet, estabelecimentos que oferecem sinal de wifi gratuito precisarão manter logs de o dos usuários das redes.
“É um procedimento relativamente simples, mas que pode significar uma complicação a mais para quem não está focado nisso”, comenta Teza, apontando que quando essa medida entrar em vigência os usuários poderão um log único para todas as redes, conectando automaticamente sempre que uma estiver disponível.
O presidente da Procempa não abre metas, mas as expectativas na estatal municipal de processamento de dados para o serviço são altas. Um benchmark para o possível número de usuários é o Moovit, app de rotas de ônibus israelense que tem em Porto Alegre uma das maiores bases de usuários no país.