
Bicicletas no Rio de Janeiro são patrocinadas pelo Itaú. Foto: Gustavo Rampini/Divulgação
A EPTC anunciou nesta terça-feira, 04, que a pernambucana Serttel será a operadora do sistema de aluguel de bicicletas de Porto Alegre.
As primeiras dez estações no centro da capital serão inauguradas até o final de outubro, afirma a empresa pública de transporte e circulação. A meta é chegar a 40 estações até o dia 30 de abril de 2013, com 400 bicicletas.
O sistema será por cadastro no site da empresa. Por R$ 10 mensais, o cliente terá direito a usar a bicicleta por uma hora diária. Quem não tiver cadastro pagará R$ 5 por uma hora, válida para ser usada em até 24h. Cada hora adicional custa R$ 5.
O contrato será de um ano, com possibilidade de prorrogação. A Serttel opera um sistema similar no Rio de Janeiro e ganhou a licitação para implementar um em São Paulo.
Estão previstas, neste primeiro momento, estações no Mercado Público, Casa de Cultura Mário Quintana, Usina do Gasômetro, Praça da Matriz, Câmara de Vereadores.
“A gestão do sistema acontecerá de forma totalmente eletrônica”, afirma Antônio Vigna, gerente de Projetos da EPTC.
Será disponibilizado um portal de voz e um app para smartphones, através dos quais será possível conferir o tempo de uso da bicicleta, as estações mais próximas, a situação de disponibilidade das bicicletas e as vagas para entrega nas próximas “estações”.
QUEM VAI PAGAR A CONTA?
Um fator primordial na equação ainda não está definido: quem vai pagar a conta. Questionada sobre o assunto, a EPTC afirma que ainda não há um patrocinador definido.
No Rio de Janeiro, onde a Serttel opera o serviço desde o começo do ano, os pontos de coleta e as próprias bicicletas são laranjas e tem patrocínio de valor não divulgado do Itaú.
Os custos cobrados dos 15 mil usuários ativos e das 4 mil viagens por dia são os mesmos de Porto Alegre.
A Serttel afirma ter investido R$ 2,5 milhões no desenvolvimento da tecnologia dos pontos, que são computadorizados, conectados à Internet e alimentados com com painéis solares.
No modelo carioca, o patrocínio do banco garante o retorno do investimento da empresa e a prefeitura fica com 11% do montante do patrocínio.
NO MUNDO
O projeto gaúcho prevê 40 estações e 400 bicicletas. O carioca tem 60 estações e 550 bicicletas ficam distribuídas apenas pelos bairros da zona sul e em pequena parte do centro.
O projeto paulista é um pouco mais ambicioso, prevendo três mil bicicletas disponibilizadas em 300 estações espalhadas por todas as regiões da capital paulista até 2014.
São números modestos se comparados ao sistema de Paris, onde estão disponíveis 21 mil bicicletas distribuídas em 14,5 mil postos.