SMARTPHONES

Positivo e a luta para ser um local king 1l6

24 de fevereiro de 2015 - 17:27
Hélio Rotenberg. Foto: divulgação.

Hélio Rotenberg. Foto: divulgação.

Depois de entrar timidamente no mercado de smartphones no final de 2013, a Positivo agora quer acelerar seus planos de crescimento no segmento, aumentando a importância destes produtos em relação aos PCs, ainda os carros-chefe de seu portfólio.

De acordo com a companhia, uma das metas da empresa é se tornar o que em outros mercados são considerados "Local Kings" - marcas locais que concentram grande parte do share e brigam com grandes multinacionais, algo que a empresa conseguiu no segmento de PCs.

Para marcar esta guinada, a companhia anunciou nesta terça-feira, 24, o lançamento de quatro novos produtos - três smartphones e um feature phone. O destaque da companhia foi o Positivo Octa, vendido pela companhia como o primeiro smartphone true Octa-Core do mercado nacional.

Com o produto, o plano da companhia é ir além dos aparelhos com especificações mais modestas e preços até R$ 600, ando a competir também em faixas superiores, oferecendo telefones com mais recursos e melhor performance.

Com preço de R$ 899, o Positivo Octa conta com processamento em oito núcleos, tecnologia desenvolvida pela Positivo em parceria com a fabricante asiática MediaTek, responsável pela placa do produto. Além disso, o telefone conta com Android Lollipop, tela IPS HD de 5", assim como câmera traseira de 13 megapixels e frontal de 5 megapixels.

Para Norberto Maraschin Filho, VP de mobilidade da Positivo, a estratégia com o Octa é apelar para a inteligência do consumidor. Segundo o executivo, o público está mais atento ao produto, levando consideração preço, desempenho e as suas necessidades.

"O Octa foi muito bem-recebido pelos nossos parceiros comerciais e estamos entusiasmados que a receptividade se repita nas lojas, também pelo custo-benefício do dispositivos. Já iniciamos com o lote inicial do produto totalmente vendido", afirmou o executivo.

Além do Octa, a Positivo anunciou os smartphones X400, uma versão mais barata do Octa, com processador e câmeras inferiores, e o S550, smartphone de tela grande (5,5 polegadas) que chegará às lojas por R$ 569.

"É uma aposta que estamos fazendo para ver qual vai ser a reação do mercado. Hoje em dia não existe no mercado uma opção de telefone com este tipo de tela por menos de R$ 1 mil", avalia Maraschin.

Completando o novo portfólio, a empresa colocará no mercado em parceria exclusiva com a TIM o P30, um feature phone com recursos limitados de 3G (redes sociais, aplicativos de mensagem) e que custará R$ 169.

Nenhum dos novos aparelhos conta com e 4G, uma decisão tomada conscientemente pela empresa, devido ainda à baixa penetração das redes de quarta geração no país e o custo da atual família de chips 4G.

"Em maio deste ano as fabricantes de chips lançarão uma nova linha de chips 4G, com melhor desempenho e menor custo, o que certamente será utilizado em futuros produtos", destacou Maraschin.

Para o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg, 2015 marca uma aceleração da companhia no mercado de smartphones, e o Octa puxará esta iniciativa.

Entretanto, para ser um local king, a empresa terá que brigar não apenas com fabricantes já estabelecidas como Samsung, LG e Motorola. Outras empresas, como Asus e Xiaomi estão crescendo o olho pra cima do mercado brasileiro.

"Estamos lançando nossa nova linha, com produtos competitivos, ao mesmo tempo que grandes players estão trazendo ao país seus lançamentos para o primeiro semestre. Queremos esta competição, temos o conhecimento do mercado brasileiro para isso", destacou o executivo.

Em 2014, a Positivo teve um crescimento de cerca de 200% em sua operação de smartphones em relação a 2013, com uma receita de cerca de R$ 42,3 milhões com estes produtos.

Embora não abra números de metas, o presidente reconhece que o plano da empresa é continuar este aumento exponencial da operação de smartphones dentro do negócio da empresa, que registra quedas ano a ano no mercado PCs, que está em declínio.

"Registramos crescimento, mas os smartphones ainda representam uma fatia muito pequena dentro de nosso faturamento, que foi de R$ 2,3 bilhões em 2014. Esperamos que ano a ano nosso negócio de smartphones seja mais significativo dentro do bolo total da Positivo", finaliza Rotenberg.

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