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Dimensão geográfica do Brasil dificulta o processo. Foto: flickr.com/photos/42931449@N07.
Uma pesquisa divulgada nessa segunda-feira, 30, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) indica que a qualidade da banda larga para o mercado corporativo no Brasil está bem abaixo das expectativas.
De acordo com matéria do Computer World, uma minoria tem o à internet de velocidade superior a 10 megabites por segundo (Mbps), mesmo que o preço médio do Mbps seja R$ 48,55, enquanto em 2011 era R$ 70,85.
O gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, mostrou que a Argentina já prevê um plano para 2016, com a quase totalidade de suas empresas (80%) com o a 50 Mbps. Enquanto no Brasil, não há uma estratégia para trazer melhorias.
Segundo Prado, nos Estados Unidos, o plano estabelece a universalização da cobertura de 100 Mbps para as empresas em 2020. Na Europa, as metas também são revolucionárias. No caso da Finlândia, por exemplo, elas atingem 100 Mbps em 2015 e, na Alemanha, a previsão é 75% das empresas com o a 50 Mbps em 2014.
Entre os países parceiros do Brasil no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a Índia prevê a universalização da cobertura de 10 Mbps para empresas nas grandes cidades em 2014 e a China o o a 20 Mbps para 50% das empresas em 2015.
No Japão, é projetada a universalização da cobertura de 1 gigabyte (Gbps) para empresas em 2015, providência já adotada pela Coreia do Sul, no ano ado.
E o Brasil segue sem ambição, afinal, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, estava presente na apresentação dos resultados da pesquisa e disse que não existem metas de velocidade ou de atendimento da internet de banda larga para as empresas brasileiras.
As metas são dedicadas ao o domiciliar por meio do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). No , o ministro mostrou-se aberto para discutir a questão com os empresários.
Cristiano Prado destacou que no PNBL existem metas de inclusão, mas que 1 Mbps para o setor empresarial é muito abaixo do oferecido nos outros países.
Para ele, a questão da dimensão geográfica dificulta o processo. “O Brasil não é um país pequeno. Mas, o importante é ter metas que podem, por exemplo, começar com 50 megabytes nos grandes núcleos urbanos ou nos principais estados. Ir gradativamente construindo isso”.
Ele defendeu, ainda, que haja uma regulamentação que incentive o setor privado, com apoio do setor público, para que essas velocidades sejam oferecidas.