
Não pode. Foto: reprodução.
Controlar o uso de redes sociais em horário de trabalho é um desafio para muitos gestores. O prefeito de Carlos Barbosa, município de 25 mil habitantes a 106 km de Porto Alegre, tem uma resposta inovadora para o problema: publicar um decreto.
Em uma ordem de serviço publicada na última segunda-feira, 24, o prefeito do município, Fernando Silva, determinou a proibição do uso de redes sociais para todos os funcionários da prefeitura, incluindo os dispositivos móveis. Confira abaixo:
A decisão não deixa de ser curiosa, pois diferentemente de redes privadas, em que o o pode ser bloqueado no próprio sistema, a ordem também diz respeito ao uso dos dispositivos móveis privados dos funcionários. O o a redes sociais e outros sites de lazer já é proibido na rede interna da prefeitura.
"Não há um software capaz de restringir o o à internet nos telefones particulares, pois cada um tem sua rede. É mais uma medida disciplinar mesmo", afirmou José Carlos Custódio, diretor de controle fazendário da prefeitura de Carlos Barbosa e um dos responsáveis pelo setor de TI.
Segundo Custódio, a medida é uma forma de evitar perdas de produtividade entre os funcionários, que hoje em sua maioria possuem smartphones com rede 3G e são usuários de redes sociais.
Agora a pergunta: como fiscalizar o uso indevido dos telefones? De acordo com o diretor, o trabalho ficará por conta dos próprio funcionários da prefeitura e também dos cidadãos.
"Não é difícil saber quando alguem está online no Facebook, faz alguma postagem ou comentário. É só conferir a data e horário que é possível comprovar que elas (redes sociais) foram adas em horário de expediente", explica Custódio.
De acordo com o diretor, caso algum funcionário seja pego usando redes sociais em horário indevido, ele estará sujeito à sanções no estatuto do funcionário, que podem variar de acordo com o cargo e situação.
Entretanto, conforme destaca o diretor, a decisão radical para controlar o uso de redes como Facebook, Instagram e outras não significa que a prefeitura seja alheia ao uso destas ferramentas.
De acordo com Custódio, o uso institucional destes meios é encorajado, como é feito por secretarias, escolas e outras repartições da nisitração. Apenas o uso particular em horário de expediente foi proibido.
"Recentemente, inclusive, lançamos um app móvel para que os cidadão enviem fotos e comentários via rede social para recebermos solicitações, reclamações e sugestões", afirma o diretor. "Não queremos ignorar este meio, de forma nenhuma", finalizou.
Embora muito se comente que o tempo gasto em redes sociais seja um sério fator para a procrastinação no trabalho, pesquisas recentes aram a questionar essa convicção de muitos CIOs.
Um estudo feito em absil pela consultoria Track Via, coloca as conversas no escritório no topo do ranking da perda de tempo durante a jornada de trabalho. Para 14% dos entrevistados o bate papo com os colegas é o principal causador dos atrasos no cumprimento de tarefas. As redes sociais foram citadas por 9%.
Será que vão proibir o cafezinho também?