
Prefeituras fazem jornada solitária. Foto: Pexels.
Sozinhas e sem recursos. É assim que a maioria das prefeituras das grandes cidades brasileiras está encarando o desafio da transformação, segundo um grande estudo sobre o tema feito por encomenda do Ministério da Economia.
O Mapa de Governo Digital 2022 ouviu gestores de 52 cidades (sendo 16 capitais), da lista das 155 cidades brasileiras com população acima de 200 mil habitantes, no qual vivem 99 milhões de brasileiros.
Do total, 59% disseram que a agenda de transformação digital é desenvolvida de maneira completamente interna.
Entre os que têm algum tipo de apoio, vem em primeiro consultorias, com 12%, seguidos de acordos de cooperação com universidades, com 10%, ou outros entes federativos, com 8%.
No tema financiamento, a resposta é ainda mais clara, com 78% dizendo que não tem apoio financeiro externo para esse tipo de ações.
A opção por fazer tudo internamente é discutível (fornecedores de tecnologia vão dizer que é um erro), mas o interessante é a falta de conhecimento sobre fontes recursos, em prefeituras com algum porte.
O Programa de Modernização da istração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT), do BNDES, oferece financiamentos de até R$ 20 milhões para investimentos em tecnologia, por exemplo. O BID opera outra linha parecida.
Uma evolução parece difícil, tendo em conta que em 49% das prefeituras, o gerenciamento de melhorias no desempenho dos processos é feito de forma descentralizada em cada secretaria. Outros 16% responderam que os processos nem sequer são analisados.