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Tem alguma coisa fora da ordem no acordo de cessão de naming rights da Arena da Baixada para a Ligga Telecom, operadora paranaense antes conhecida como Copel Telecom, um dos maiores desse tipo no Brasil.
Segundo aponta o portal Um Dois Esportes, a Ligga teria deixado de pagar os valores mensais e está numa negociação com o Athletico Paranaense, dono do estádio e ambas partes estariam negociando um novo contrato.
A matéria, assinada por Augusto Mahfuz, um dos jornalistas esportivos mais conhecidos do Paraná, crava que Ligga teria deixado de pagar valores num total de R$ 70 milhões.
A reportagem do Baguete procurou a Ligga, questionando se a operadora efetivamente havia deixado de pagar e qual é o valor total não pago até o momento.
A Ligga enviou a mesma nota que já havia enviado ao Um Dois, afirmando que o valor de R$ 70 milhões “não é verídico” e que cláusulas de confidencialidade impedem a divulgação de informações.
Por outro lado, a Ligga confirma que “tratativas entre as partes sobre o contrato de naming rights estão em curso, com responsabilidade e entendimentos mútuos”.
Vale lembrar que a Ligga teria motivos para querer pagar menos: no ano ado, Athletico foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro, o que reduz muito a visibilidade alcançada com os naming rights.
O acordo, fechado em 2023, é um dos maiores do tipo do país, com duração de 15 anos, ao final dos quais a Ligga deve pagar um total de R$ 200 milhões, com cláusula de reajuste.
O valor só ficou atrás de Neo Química Arena (Corinthians) e Allianz Parque (Palmeiras). Ambos têm valores e tempo de contrato iguais: R$ 300 milhões por 20 anos.
Além da queda para a série B do clube, as prioridades na Ligga também podem ter mudado. Desde o fechamento do acordo de naming rights com o Athletico, muitos profissionais de alto calibre deixaram a empresa.
A lista inclui o diretor de Relações Institucionais e Governamentais, Vitor Menezes; CFO, Eduardo Silveira e o CEO, Adeodato Volpi Netto.
Na semana ada, o empresário e investidor Nelson Tanure deixou o conselho de istração da Ligga Telecom, da qual é o principal investidor.
Tanure assumiu o controle da operadora paranaense quando a estatal Copel Telecom foi leiloada na B3, no fim de 2020, e depois fundiu a mesma com a Sercomtel, operadora de telecom de Londrina.