
A Procergs é o prédio redondo. Foto: Procergs.
A Procergs, estatal de tecnologia do Rio Grande do Sul, decidiu fechar suas seis coordenadorias regionais, localizadas em Alegrete, o Fundo, Pelotas, Santo Ângelo, Santa Maria e Caxias do Sul.
A estatal não chega a mencionar o número de funcionários afetados. De acordo com o Sindppd-RS, que faz campanha contra o fechamento, o número chega a 50, uma cifra pequena no universo de 1,1 mil empregados da empresa.
Em nota, a Procergs explica que o objetivo é reduzir custos operacionais como locação de salas e prédios, equipamentos e materiais de trabalho e serviços de manutenção local.
De acordo com a estatal, muitos dos serviços prestados pelas regionais podem ser prestados de forma remota ou automatizada e a própria carga de trabalho das unidades “vem sendo reduzida de forma significativa”.
Segundo a Procergs, as coordenadorias regionais foram criadas para apoiar a Caixa Econômica Estadual, uma autarquia estatal criada pelo então governador Leonel Brizola em 1960, e incorporada pelo banco estadual Banrisul em 1998.
Outro cliente que desapareceu foi o provedor Via-RS, criado pela Procergs em 1995, nos primórdios da Internet comercial, e cujas atividades foram encerradas em 2018.
A operação foi encerrada no dia 14 de junho e os funcionários estão em home office desde então, como já vinha sendo o caso desde o começo da pandemia do coronavírus.
Nas próximas semanas, a Procergs vai abrir um novo ciclo do PDV (programa de demissão voluntária), para permitir a adesão dos interessados. Para alguns, cujos cargos não estão sendo extintos, haverá a opção de se transferir para a sede, em Porto Alegre. Segundo o Sindppd-RS, a divisão é meio a meio.
“Essa gestão vem atuando, desde o início, de forma dedicada e comprometida com a sustentabilidade da companhia, que cumpre função essencial ao bom funcionamento da istração estadual. Estamos sempre atentos aos avanços tecnológicos e a todas as oportunidades que eles proporcionam”, resume José Leal, diretor presidente da Procergs.
O Sindppd-RS está tentando reverter a decisão, buscando apoios no legislativo estadual e nas cidades onde ficam as coordenadorias (até agora, a Câmara de Vereadores de Alegrete mostrou seu apoio), além de acionar a Justiça do Trabalho e mobilizar os funcionários (virtualmente).