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Fábrica da Produza em Florianópolis. Foto: divulgação.
A catarinense Produza, empresa especializada em protótipos e montagem terceirizada de placas eletrônicas de alta tecnologia em tiragens limitadas, está investindo para crescer no mercado local.
Sediada em Florianópolis e parceira da Fundação Certi, a empresa planeja chegar a um faturamento de R$ 13 milhões em 2014, um crescimento de 45% sobre o que registrou no ano ado.
Para impulsionar os negócios, que se baseiam principalmente na produção de lotes de chips que não am de 200 peças é se aproximar de instituições de pesquisa e empresas que desenvolvem hardwares e placas inovadoras, como Instituto Eldorado, Fitec e Macnica DHW.
Atualmente a Produza conta com 55 funcionários, responsáveis por uma produção mensal de 1,7 milhão de chips.
Hoje, a Produza fornece dois tipos de prestação de serviço. Na industrialização por encomenda, faz-se apenas a montagem das placas com materiais e especificações sugeridas pelo cliente.
Na terceirização de compras e produção, a Produza atua com uma estrutura de compras e contatos com fornecedores, além de ficar responsável pela montagem das placas, uma importante solução para empresas com perfil inovador de pequeno porte que não contam com estes departamentos.
Segundo Luiz Antonio Pistoni, diretor-presidente da companhia, não é objetivo da empresa tentar expandir sua capacidade produtiva, pois não é interessante competir com as grandes manufaturas de chips no país.
"O mercado de PCs e dispositivos móveis é um mercado povoado, onde sabemos que nossa competitividade é menor", compara o executivo, sabendo do poder de fogo de multinacionais como Intel, Qualcomm e outras.
Pistoni afirma que a empresa, mesmo com pouco tempo de vida, já estabeleceu contratos significativos no estado onde atua, com empresas em setores como agricultura de precisão, rastreamento de mercadorias, energia e telecomunicações.
"Nossos projetos são mais customizados, e com foco em alta qualidade e valor agregado. Queremos ser empresa de referência na montagem de placas eletrônicas na região sul até o próximo ano e estar entre as quatro principais referências nacionais até 2020”, frisa Pistoni.
Entre as principais clientes da Produza estão a catarinense Reason S.A., recentemente comprada pela Alstom Grid, a gaúcha Stara, especializada em soluções agrícolas, e o consórcio TBK, com sede no Recife, que fornece sistemas de rastreamento para caminhões-pipa que abastecem o semiárido nordestino.
Para garantir produtos de ponta, Pistoni revela que a empresa investiu alto. Somente para os equipamentos de manufatura, importados junto à Siemens, a empresa investiu mais de R$ 30 milhões de reais. Para cumprir seu objetivo até 2020, ele estima investimentos totais de R$ 500 milhões na empresa.
Para impulsionar o crescimento da companhia, outro investimento previsto pela Produza é na criação de um portfólio próprio de produtos, saindo exclusivamente da produção tercerizada de chips.
"Estamos estudando como fazer isso, mas creio que já temos um know-how avançado em diversas áreas, devido aos variados projetos que fizemos. É uma opção para o futuro", destacou Pistoni, sem dar maiores detalhes.