
Tudo indica que o Seed já era. Foto: Shutterstock / Bplanet.
Ao que tudo indica, foram encerradas as atividades do Seed (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development), programa de apoio a startups criado pelo governo de Minas Gerais, considerado referência no país.
Segundo revela o Estadão, o local usado como escritório pelas empresas participantes do programa em Belo Horizonte foi fechado e alguns dos executivos responsáveis já não estão no governo.
As participantes foram comunicadas apenas que deveriam comparecer no local e retirar seus pertences, sem mais detalhes sobre o motivo do fechamento ou futuro do programa.
A iniciativa oferecia R$ 68 mil a fundo perdido para projetos com dois participantes ou R$ 80 mil para projetos com três participantes. O edital não exige participação no negócio. A aceleração era realizada pela Wylinka.
Ao todo, foram beneficiadas 73 novas empresas de tecnologia que, juntas, faturaram R$ 23 milhões até o fim do ano ado.
O novo governo mineiro, encabeçado por Fernando Pimentel (PT), negou ao Estadão que o programa tenha sido encerrado, atribuindo o despejo das startups do escritório a um processo de reavaliação das políticas públicas implementadas por pelo governo de Antonio Anastasia (PSDB).
É difícil de acreditar na nota no entanto. Além do fechamento do escritório, os responsáveis pelo programa já foram exonerados e os cargos extintos do organograma.
O Seed não é a única iniciativa voltada a startups com participação do governo mineiro.
A Acelera MGTI, aceleradora com gestão compartilhada por quatro entidades mineiras (Assespro-MG, Fumsoft, Sucesu Minas e Sindinfor), mais o governo do estado e a prefeitura de Belo Horizonte, é a única iniciativa do tipo com apoio estatal a ingressar no programa Startup Brasil, do governo federal.
A aceleradora, reclassificada em fevereiro para participar da iniciativa em 2015-16, dá às empresas participantes, por intermédio do governo mineiro, um bônus de R$ 50 mil sobre o aporte de R$ 200 mil recebido por cada startup.
As iniciativas faziam parte de uma visão compartilhada entre entidades e governo estadual de incrementar o perfil da TI na economia mineira.
O chamado programa MGTI tinha como meta alcançar R$ 9 bilhões em faturamento do setor em 2022, mais de quatro vezes os R$ 2 bilhões obtidos em 2012.