INOVAÇÃO

Qual é o futuro dos serviços de TI? 4j5v4d

Lideranças debateram o tema no South Summit, que começou nesta quarta-feira, 29. 4d713v

29 de março de 2023 - 16:39
Foto: Roberto Furtado/divulgação.

Foto: Roberto Furtado/divulgação.

O South Summit, evento global de inovação que acontece em Porto Alegre a partir desta quarta-feira, 29, trouxe em um dos seus painéis o debate sobre o futuro da telecom e dos serviços de Tecnologia da Informação.

No bate-papo, foram abordados temas como nuvem, serviços gerenciados, terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês), performance, dados e inteligência artificial.

Para Cesar Cavalheiro Leite, CEO e fundador da Empresas Processor, o momento atual é histórico e absurdamente disruptivo, com destaque para novas tecnologias, inteligência artificial e computação quântica.

“O último grande momento de enorme disrupção foi após a Segunda Guerra Mundial que, para além das suas mazelas e desgraças, trouxe um avanço tecnológico absurdo no período da Guerra Fria. Depois, tivemos vários outros momentos importantes, mas nada tão brutalmente impactante quanto o que está vindo agora. A maioria dos nossos concorrentes está nascendo nesse momento ou vai nascer nos próximos meses”, alertou Leite. 

Para repensar as suas formas de se conectar, as empresas precisariam pensar em três grandes questões: empoderar pessoas, otimizar processos e inovar relações. 

“Esse é o foco de cada um que quiser lidar com o que está acontecendo aqui e agora. Nós estamos falando de uma revolução de produtividade e de performance, mas, principalmente, da maneira que nos conectamos com essa realidade. Se não nos ajustarmos para isso, vamos ficar no meio do caminho. Então cabe a cada um de nós repensar para poder avançar”, opinou o CEO.

Sobre inteligência artificial, Leite acredita que o mais importante é saber como colocar a tecnologia nos negócios, fazendo ela gerar produtividade, performance, continuidade e avanço. 

“O segredo do sucesso aqui é permanentemente olhar o que está acontecendo mudo afora e incorporar no seu negócio sem parar, de forma incessante. Agora, você precisa aprender quase que em tempo integral. Se não, você vai ficar obsoleto. E quem fica obsoleto vale menos no mercado”, destacou Leite.

Sobre a terceirização de serviços, Rodolfo Fücher, presidente do conselho da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), acredita que a informação precisa estar descentralizada.

“Como a gente está numa tendência de estar sempre disponível, 24/7, as empresas precisam readequar as suas estruturas. Para ter essa disponibilidade, uma das coisas que está acontecendo muito no mercado é o cloud first. Outro ponto é o Wi-Fi first, estar conectado sempre”, destacou Fücher.

Para Leite, o jogo sobre insourcing ou outsourcing é claro: precisa ser híbrido, com a companhia fazendo o core do seu negócio. No outro lado, ela deve contratar externamente tudo aquilo que não sabe fazer tão bem, como cloud managed services, construção de aplicativos, atendimento de pessoas e desenvolvimento.

O empresário destacou ainda que a flexibilidade, velocidade e escalabilidade da nuvem é fundamental para os negócios, mas é preciso uma abrangência mais ampla, onde entram os serviços gerenciados.

“Hoje o cliente vai embora muito rápido. Se a experiência não for legal, você não terminou de piscar e ele já foi embora. Então você não tem direito mais de oferecer uma experiência tecnológica que não seja absolutamente perfeita. Se alguma coisa não acontecer da maneira adequada, que ela se recomponha de maneira muito efetiva”, ponderou Leite.

Já no setor de telecom, o futuro certamente a pelo 5G. Para Zaima Milazzo, diretora de novos serviços da Algar Telecom, hoje o grande dilema é como monetizar todo o investimento feito nas frequências.

“A grande aposta é a aplicação do 5G para o B2B, principalmente na transformação da indústria e de outros setores. Aplicações de internet das coisas, sensoriamento, digitalização, automação de plantas. Para isso, as empresas precisam de conectividade com segurança, aí entram em jogo as redes privadas”, destacou Milazzo. 

Outro ponto que os dois setores precisam superar é a escassez de mão de obra qualificada. Sobre isso, Mauro Hahn, CTO da WS Work, acredita que a chave está na criação de políticas e incentivos para oferecer um cenário mais positivo aos desenvolvedores.

“Eles precisam ter interesse em permanecer no país. O Brasil, de forma geral, é uma potência em relação a desenvolvedores. Então, se a gente se unisse, teríamos condições plenas de fazer frente às grandes potências do mundo”, opinou Hahn. 

O South Summit é um evento criado em Madrid, em 2012, que escolheu o Brasil para a sua primeira edição fora da Espanha. Ela aconteceu em Porto Alegre em maio de 2022. Neste ano, a segunda edição brasileira acontece entre os dias 29 e 31 de março.

Em uma área de 22 mil metros quadrados, a edição de 2023 promete a presença de mais de 100 fundos de investimento, 900 palestrantes e oito palcos com programação simultânea para um público estimado de 20 mil pessoas.

Serão oito trilhas de conteúdo: Fintechs; Agritechs; Saúde; Varejo; Sociedade; Inovação e Ecossistema; Sustentabilidade e ESG; e Indústria 5.0. 

O evento também conta com a final da Competição de Startups, que desta vez teve mais de 2 mil inscrições, o dobro do ano anterior. Além da ampla participação nacional, com 92% dos estados brasileiros, figuram na lista projetos de outros 85 países. 

A cobertura do Baguete no South Summit conta com apoio das Empresas Processor.

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