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Quem vai levar o DC da Telefônica? g71e

Brookfield, Digital Realty e Equinix disputam negócio, avaliado em US$ 600 milhões. 415w39

11 de fevereiro de 2019 - 07:14
Telefônica está negociando a venda dos seus data centers. Foto: Divulgação.

Telefônica está negociando a venda dos seus data centers. Foto: Divulgação.

Os data centers da Telefônica no Brasil, assim como outras estruturas do tipo pelo mundo, estão à venda, em um negócio avaliado em US$ 600 milhões que está sendo disputado por Brookfield, Digital Realty e Equinix.

A revelação é do jornal espanhol El País e foi confirmada pela Telefônica, que disse em comunicado que pode fazer “uma ou várias transações, contendo todos ou alguns” dos data centers.

A Telefônica tem 25 data centers em nove países, sendo oito deles na Espanha e três no Brasil. Um dos data centers brasileiros, inaugurado em 2012 em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, deve ser uma das jóias da coroa (os outros dois data centers brasileiros provavelmente são estruturas antigas).

O centro de dados paulista custou R$ 400 milhões na época, tem 33 mil metros quadrados e está em um terreno de mais de 70 mil. Em um vídeo triunfante divulgado na época, a Telefônica já projetava uma ampliação para 2019 no local.

Outros tempos. Em 2017, a Telefônica já sinalizou que não ia cumprir os planos de ampliar data centers no país, ao aumentar o uso do data center da T-Systems em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, desatando um investimento de R$ 20 milhões da multinacional alemã na expansão do local.

A Telefônica está cortando na carne para tentar reduzir o seu endividamento, que chega a € 42,6 bilhões.

No começo do ano a tele vendeu suas subsidiárias da Guatemala e de El Salvador, ambas na América Central, para a América Móvil, holding pertencente ao bilionário Carlos Slim e dona da Claro.

De maneira geral, as operadoras de telecomunicações parecem estar tirando o time de campo quando o assunto é computação em nuvem, um mercado que no começo da década parecia uma oportunidade e hoje é cada vez mais uma disputa para poucos players.

Todos as três empresas na disputa pelos ativos de data center da Telefônica já fizeram grandes negócios no Brasil.

O mais recente foi o da Digital Realty, que pagou US$ 1,8 bilhão para o fundo de investimento Great Hill no ano ado para levar a Ascenty, uma empresa brasileira de data center que vinha investido pesado desde 2010 em abrir um data center atrás do outro no país, chegando a um número de 14, entre locais ativos e em construção.

Meses depois de ser vendida para a Digital Realty, aliás, a Ascenty anunciou um investimento de R$ 500 milhões para construção de um data center em Vinhedo, na região metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo. 

De acordo com a empresa, o novo data center, construído em uma área com mais de 105 mil metros quadrados, será o “maior da América Latina”.

Fica a dúvida se a Digital Realty, fundada em 2004 por um fundo de investimento que comprou 21 data centers de empresas em apuros na época, terá apetite para mais uma aquisição no país.

Uma dúvida parecida pode pairar sobre a Brookfield, uma gestora de ativos com negócios em rodovias, ferrovias e energia no Brasil, que é sócia da Digital Realty na compra da Ascenty.

A Brookfield financiou US$ 613 milhões do negócio em troca de 49% das ações na t venture que será dona da Ascenty.

A Digital Realty foi fundada em 2004 por um fundo de investimento que comprou 21 data centers de empresas em apuros na época, imediatamente depois do estouro da bolha.

O último investimento em aquisições da Equinix no país é um pouco mais antigo, datando de 2014, quando a empresa colocou US$ 225 milhões para adquirir 47% da Alog.

O negócio concluiu o movimento feito pela companhia norte-americana em 2011, quando, juntamente com a Riverwood Capital, a multinacional comprou 53% da organização.

A Equinix tem apetite por data centers de operadoras de telecomunicações. Em 2016, colocou US$ 3,6 bilhões para levar 24 sites de data centers da Verizon em todo mundo. 

A grande maioria dos sites (22 do total) ficam nos Estados Unidos, com a exceção sendo os centros de dados localizados em São Paulo e Bogotá, na América Latina.

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