Ritmo acelerado na TI da Renner 6x1t2l

A TI da Renner está em ritmo acelerado nos próximos meses. Até o final de setembro, a empresa coloca em operação o ERP Oracle Business Suíte. Depois, é a vez de fazer um upgrade da solução de gestão de mercadorias Oracle Retail, em um tempo previsto de três meses - 30% do prazo estipulado pelo fornecedor. Completa o pacote uma nova plataforma de gestão para os 11 milhões de cartões de crédito da rede.

Nada que tire o sono de Luis Agnelo Franciosi, diretor de TI das lojas Renner.
20 de junho de 2007 - 17:32
Ritmo acelerado na TI da Renner
A TI da Renner está em ritmo acelerado nos próximos meses. Até o final de setembro, a empresa coloca em operação o ERP Oracle Business Suíte. Depois, é a vez de fazer um upgrade da solução de gestão de mercadorias Oracle Retail, em um tempo previsto de três meses - 30% do prazo estipulado pelo fornecedor. Completa o pacote uma nova plataforma de gestão para os 11 milhões de cartões de crédito da rede.

Nada que tire o sono de Luis Agnelo Franciosi, diretor de TI das lojas Renner. "Quem trabalha com TI não pode esperar comodidade. Tem que estar preparado para o stress", afirmou Agnelo, durante palestra no Comitê de Tecnologia da Câmara Americana de Comércio nesta quarta-feira, 20.

Durante sua apresentação, na qual se dedicou basicamente a responder às perguntas do público, Agnelo mostrou bastante do estilo franco pelo qual é conhecido no mercado. "Muitas vezes os CIOs fazem o que é mais fácil para eles, não o que é melhor para o negócio", espetou o executivo.

A questão da renovação contínua dos parques de máquinas seria um exemplo. "Nós usamos micros K6 conectados a 10MB. Qual é o ganho de PCs potentes e conexões wireless a  56KB?", questionou Agnelo. Segundo o CIO, a infra atual não impede que as vendas sejam processadas em três segundos.

Com práticas de TI definidas como "austeras", o diretor afirma que cada nova loja Renner gera um custo de tecnologia de US$ 200 mil. Até o final do ano devem ser abertas mais quatro unidades, o que elevará o número total para 91. "Nós colocamos uma loja para rodar em cinco minutos", garantiu Agnelo.

Pequenos têm chance
Embora tenha afirmado ser "fiel a seus poucos fornecedores", Agnelo destacou que tem a porta aberta para empresas de menor porte. Elas seriam maioria entre as parcerias da Renner.

"Tamanho não diz competência", apontou o executivo, que afirmou não gostar da "burocracia dos grandes fornecedores, na qual é preciso falar com 10 pessoas para obter uma resposta".

Agnelo deu dicas de como "nunca me pergunte o que você pode fazer por mim ou use palavras como acho ou sucesso". Segundo o CIO, a melhor maneira de tornar-se um fornecedor da Renner é "fazer um cartão da loja, observar o processo de venda e trazer uma novidade que possa melhorar ele".

Split na TI
Mudanças aguardam a TI da Renner. Segundo Agnelo, em breve os colaboradores serão internalizados nos diferentes setores da companhia, aos quais atenderão especificamente. A alteração não deve mudar a relação com os fornecedores.

25 anos de Renner
Há 25 anos na Renner, Agnelo criticou a alta rotatividade que marca as carreiras no setor de TI. "Parece que é preciso trocar de emprego a cada dois anos e quem não faz isso é incompetente", criticou o CIO. "Essa conversa de buscar novos objetivos é besteira. É preciso trabalhar e crescer dentro das organizações", completou o profissional.