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O Rio Grande do Sul abriga 7844 empresas de TI, contando com algo em torno de 45 mil colaboradores contratados via CLT. O déficit de mão de obra, entretanto, é o que mais chama a atenção: hoje, cerca de 1 mil vagas estão em aberto na TI gaúcha, número que dentro de três anos poderá aumentar para 100 mil.

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Assespro-RS e, segundo o vice-presidente da entidade, Reges Bronzati, revelam a necessidade de providências.
07 de outubro de 2009 - 17:20
RS: 100 mil vagas até 2012
O Rio Grande do Sul abriga 7844 empresas de TI, contando com algo em torno de 45 mil colaboradores contratados via CLT. O déficit de mão de obra, entretanto, é o que mais chama a atenção: hoje, cerca de 1 mil vagas estão em aberto na TI gaúcha, número que dentro de três anos poderá aumentar para 100 mil.

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Assespro-RS e, segundo o vice-presidente da entidade, Reges Bronzati, revelam a necessidade de providências.

“Temos 55 cursos técnicos e superiores de TI no estado. Deste universo, há cerca de 700 formandos na área por ano. É pouco para suprir a carência de mão de obra”, destaca ele.

Conforme o gestor, a área em que mais faltam profissionais especializados é a de programação/desenvolvimento, que acumula 60% das vagas em aberto no estado.

Em seguida vem infraestrutura, com 14%, seguida pelo setor istrativo (9%), comercial (7%), de hardware e telecom (5%) e gestão (5%).

“Especificamente, as carências maiores estão nas áreas de Java e Java Script, .Net/C/C++, webdesign, PHP, analista/projetista de sistemas, implantação de software e analista de testes”, ressaltou Bronzati.

Já em termos regionais, dentre as cerca de 210 empresas associadas à Assespro-RS, a carência de vagas se concentra em 23 cidades. À frente, vem Porto Alegre, com 60% dos cargos em aberto. O segundo lugar fica com São Leopoldo, com 9%, e o terceiro, com Novo Hamburgo, com 7%.  

A lista segue com Canoas e Caxias do Sul, empatadas em 6% das vagas; Bento Gonçalves, com 4%; Lajeado e Santa Cruz do Sul, que têm 2% da demanda cada uma.

Para Bronzati, a única saída para suprir esta demanda e recobrar a força do setor é o trabalho conjunto.

“A TI gaúcha faturou R$ 3,8 bilhões em 2008, ou 6,5% do volume nacional do setor. Na década de 80, este percentual chegava a 11%”, comentou o VP da Assespro-RS. “Se quisermos retomar esta participação, será preciso que as empresas e instituições se unam, criem parcerias e atuem ativamente no suprimento das carências do setor. De outra forma, podemos abandonar a TI e focar a criação de vacas”, finalizou.

Parceria
E por falar em união, a Assespro-RS acaba de firmar uma parceria com a consultoria Expandir, especializada na formação de equipes comerciais para empresas de TI, para oferecer um curso nesta área.

A primeira turma iniciou na terça-feira, 06, com 20 alunos e já há fila de espera, segundo Paulo Corrêa, consultor da Expandir.

“A maioria das empresas de TI tem como vendedor, o Google. O foco é sempre muito técnico, pouco comercial, e isso é um erro”, comenta ele. “Com este curso, que contará com certificação, objetivamos ajudar a mudar esta realidade. As empresas arão a contar com equipes mais qualificadas e os profissionais certificados, com um diferencial a mais no mercado”, completa.