De tudo o que a indústria gaúcha exportou entre janeiro e maio, 62% foram para os países emergentes, o que totalizou US$ 2,96 bilhões.
As exportações da indústria gaúcha cresceram 15% nos cinco primeiros meses de 2010, ante o mesmo período do ano ado, e totalizaram US$ 4,76 bilhões, representando 84% dos embarques totais do estado.
Nessa base de comparação, as vendas aos países emergentes aumentaram 19,5%, enquanto para as nações desenvolvidas expandiram apenas 8,3%. O destaque ficou para o envio de alimentos (24,8% de participação), produtos químicos (12,6%) e máquinas e equipamentos (7,8%), enquanto que equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos responderam por 0,9%.
Já para as nações desenvolvidas, os embarques do setor somaram 38%, chegando a US$ 1,8 bilhão, com as vendas mais voltadas para alimentos (23% de participação), couro e calçados (19,7%) e fumo (15%).
“O desempenho mais modesto para destinos importantes como Estados Unidos e Europa ainda é reflexo dos efeitos da crise econômica mundial nessas regiões, onde houve uma forte desaceleração do consumo e dos investimentos. Os exportadores gaúchos tiveram que se adaptar a essa realidade e procurar novos mercados consumidores”, explicou o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, nesta quarta-feira, 15, ao avaliar a balança comercial.
Os principais destinos, no acumulado de 2010, foram China, Argentina, Estados Unidos e Rússia. O país asiático comprou 13,7% do total enviado ao exterior (US$ 772 milhões), o que significou uma elevação de 31% em relação ao mesmo período do ano ado.
Nessa base de comparação, os argentinos garantiram o segundo lugar com 11% de participação (US$ 623 milhões) e um acréscimo de 70% nas suas compras. Os Estados Unidos responderam por 9,5% (US$ 534 milhões) das vendas externas gaúchas e a Rússia por 3,7% (US$ 210 milhões).
A participação da Rússia, China e Índia nas exportações gaúchas vêm crescendo significativamente. Os três, que juntamente com o Brasil formam o chamado grupo dos BRIC's, os países emergentes com alto potencial de crescimento nos próximos anos, compraram US$ 1,1 bilhão do Rio Grande do Sul, um incremento de 25%, ante 2009.
De tudo que o estado importou nos cinco primeiros meses do ano, 96% foram de produtos industriais. As compras do setor aceleraram 58,1%, ante os mesmos meses de 2009, e atingiram US$ 4,83 bilhões. Os principais itens comprados foram óleos brutos de petróleo, veículos automotores e produtos intermediários para a petroquímica.
Com estes resultados, o Rio Grande do Sul mantém a quarta posição no ranking dos Estados exportadores, com 7,8% de participação. Em primeiro lugar está São Paulo (26,1%), seguido de Minas Gerais (13,6%) e Rio de Janeiro (11%).
Quando analisado apenas maio, as vendas externas da indústria somaram US$ 1,09 bilhão, um crescimento de 17,5%. Em comparação com o mesmo mês do ano ado, a participação do setor industrial nas exportações gaúchas caiu de 71% para 69%. As importações registraram alta de 23,2%, um total de US$ 898 milhões.