
O governo do Rio Grande do Sul vai financiar 80% dos custos do estande para empresas gaúchas interessadas em participar como expositoras na Cebit 2012, que acontece em Hannover entre os dias 6 e 10 de março.
A verba é destinada a companhias com faturamento máximo de até R$ 90 milhões, tem um limite de até R$ 100 mil e será liberado pela Secretaria do Desenvolvimento e Atração de Investimentos (SDPI).
“Um esforço que se justifica para que as empresas gaúchas possam usufruir de um momento ímpar de negócios, visibilidade e acompanhamento de tendências de mercado”, justifica o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.
Softex também vai subsidiar participação
O Brasil estará em destaque na edição 2012 da Cebit, na qual participa na condição de país parceiro.
O governo federal, por meio da Softex, já anunciou a disponibilidade de subsídios ainda maiores, na faixa dos 90%, com recursos totais de US$ 1,5 milhão.
A intenção é incrementar a participação das empresas brasileiras, que tradicionalmente fica na faixa dos 400 m2. Para efeito de comparação, a Turquia, país parceiro de 2011, ocupou 3 mil m2.
O espaço da Softex está distribuído em um total de 1,1 mil metros quadrados, localizados no pavilhão central – o local mais nobre – e cinco espaços espalhados pelas áreas temáticas da feira, focados em bancos e segurança da informação, telecomunicações, usuário final, governo e pesquisa e desenvolvimento.
Uma empresa grande (com faturamento acima de R$ 90 milhões) que queira estar no pavilhão central pagará US$ 20 mil. Se a mesma empresa optar por algum dos outros pavilhões, pagará US$ 6 mil. Se optar por participar como um prospector, sem área própria, o valor cai para US$ 3 mil.
Uma empresa média (a partir de R$ 16 milhões), pagaria respectivamente pelos mesmos espaços US$ 5 mil, US$ 3 mil e US$ 2 mil. Uma micro (a partir de R$ 2,4 milhões), US$ 3 mil, US$ 1,5 mil e US$ 1 mil. Abaixo desse faturamento, os custos ficam em US$ 1,5 mil, US$ 800 e US$ 500.
A ideia da Softex é unir cases de sucesso do país – a urna eletrônica, o imposto de renda pela Internet, os projetos de inclusão digital – com empresas públicas, grandes âncoras e expositores privados.
A expectativa é que a presidente Dilma Rousseff compareça, a exemplo do que costumam fazer os chefes de estado dos países parceiros.
E a crise?
O espaço contratado pelo governo brasileiro foi modesto. Nos meses anteriores ao lançamento, fontes ouvidas pelo Baguete chegaram a falar em 3 mil metros e representantes da organização da feira falaram entre 1 mil e 2 mil m2.
Questionado pelo Baguete quando esteve em Porto Alegre em dezembro divulgando o projeto de participação brasileira, o diretor da Softex Djalma Petit destacou que o fato do Brasil ser a “bola da vez” em termos econômicos fazia com que o espaço fosse suficiente.
Mas talvez tenha contado na decisão a preocupação com o momento econômico da Europa e o possível reflexo na feira.
No seu material de divulgação, a Cebit afirma esperar 4,2 mil expositores de 70 países e mais de 350 mil visitantes.
O número é basicamente o mesmo do apurado nos últimos dois anos, mas bem abaixo dos 6,2 mil expositores e 510 mil visitantes de 2008 e muito distante do ápice da feira, nos anos 2000, quando o número de visitantes chegava a 850 mil.
Mais informações
Interessados podem obter mais informações na Divisão de Feiras Internacionais da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Promoção de Investimento pelo telefone (51) 3288.1105 ou 3288.1102 ou pelo email [email protected].
O programa da Softex é operado no Rio Grande do Sul pela Softsul. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3346.4422.